Coronel Moraes definiu como “louco” e “imbecil” o autor do atentado, o catarinense Francisco Wanderley Luiz, morto após as explosões causadas por ele próprio nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília.
“É claro que é muito cedo para falar qualquer coisa, mas, com certeza, pelo que se pode apurar até agora, é um caso isolado. Um louco, um imbecil, que pretendia falar em nome de alguém, mas falou sozinho e cometeu um erro. O material que usou, inclusive, era de pouco potencial lesivo. A maior parte eram fogos de artifícios. E eu lamento que isso possa afetar a imagem da Polícia Militar do Distrito Federal”, afirmou Moraes.
Para o oficial, mais um fato provocado por extremistas — assim como o que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes — pode não apenas afetar a imagem da PM-DF, mas também de Brasília.
“Isso nos deixa muito tristes. Querem vender uma imagem de que aqui está uma praça de guerra, com revolucionários acampados, mas isso não é verdade. Brasília está na maior tranquilidade. Isso foi um fato isolado de um louco, um idiota, um cara que tinha algum transtorno, talvez, e cometeu esse ato execrável”, criticou o coronel.
Questionado sobre quem seria responsável por evitar o atentado, o oficial eximiu de responsabilidade não apenas as polícias do DF, mas também a Polícia Federal. Para ele, não havia como prever o fato ocorrido.
“A Polícia atua de uma forma muito consistente no Distrito Federal como um todo. Somos uma polícia ostensiva. Agora cabe à Polícia Federal investigar, para ver o que tem por trás disso, para que não ocorra outro ato desse tipo. Mas foi um fato isolado, de um lobo solitário, que eu chamaria de louco solitário. E aí fica complicado para a Polícia Militar prevenir que aconteça”, afirmou.
“A Polícia Federal atua na área de investigação, não como polícia ostensiva. Eu não diria que houve falha de absolutamente ninguém. A Praça dos Três Poderes é de jurisdição federal, mas a gente também faz patrulha lá, já que é uma área turística. Infelizmente, esse louco fez essa palhaçada, mas não havia como prevenir, porque foi um fato isolado”, concluiu o coronel.