Correntes do PT contrárias ao atual presidente do partido na Bahia demonstram força e sinalizam unidade em disputa interna

As correntes internas do PT Construindo um Novo Brasil (CNB), Avante, Democracia Socialista (DS), Coletivo Avante, Esquerda Popular Socialista e Resistência Socialista, que representam cerca de 70% dos filiados da sigla, sinalizam uma união na disputa pela presidência do partido na Bahia. O objetivo é fortalecer a oposição interna ao atual presidente da legenda no Estado, Éden Valadares, e articular uma candidatura única na eleição que acontece em 6 de julho

Lideranças dessas correntes se reuniram na segunda-feira (24), na Assembleia Legislativa, com o objetivo de, segundo a nota conjunta enviada ao Política Livre, “manifestar o compromisso coletivo com a autonomia partidária”. “Defendemos que o PED (Processo de Eleição Direta) seja o início de um novo pacto da direção com a base do partido. A militância quer mais reconhecimento e precisa de maior protagonismo. Em síntese, queremos o PED para dinamizar a democracia interna e resgatar a vitalidade e a capacidade dirigente do partido na Bahia”, diz o texto.

Entre os presentes no encontro estavam o deputado federal Waldenor Pereira e os estaduais José Raimundo, Maria Del Carmen, Fátima Nunes, Robinson Almeida e Marcelino Galo, além do secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, e lideranças petistas que já colocam o nome na disputa para suceder Éden e outras que são cotadas, a exemplo de Edízio Nunes e dos ex-presidentes da legenda na Bahia Everaldo Anunciação e Jonas Paulo.

A reunião também foi vista como uma reação dessas correntes ao movimento feito por Éden Valadares de lançar o presidente do PT de Serrinha, Sandro Magalhães, visto como um quadro sem atuação no plano partidário estadual, como candidato à própria sucessão, bem como demonstrar força junto ao governador Jerônimo Rodrigues num momento em que o chefe do Executivo estadual aparece em desvantagem nas pesquisas para a reeleição.

“É responsabilidade do PT dar estabilidade política ao projeto que governa a Bahia e construir a unidade de ação dos partidos. A missão do PT junto a todos aliados é reeleger o governador e eleger os senadores da nossa coligação. É também, fortalecer e ampliar a aliança nacional para repetir a grandiosa votação que Lula teve em 2022, se destacando como a maior no Brasil”, diz a nota assinada pelas seis correntes petistas.

O comunicado fala ainda em fortalecer o PT nos municípios, revitalizar a relação do partido com os movimentos sociais e ampliar e ampliar a interlocução com os segmentos produtivos e democráticos. “Acompanhar as prefeituras petistas e o trabalho dos vereadores. Um partido presente nos territórios, que se renova nas lutas sociais do campo e da cidade é fundamental para reeleger Lula e Jerônimo e aumentar as bancadas de deputados estaduais e federais do PT em 2026”.

 

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