Cresce o desemprego no país

Dilma

No mesmo dia em que o Ministério do Trabalho anunciou quase R$ 30 bilhões, do FGTS, para tentar ajudar o setor de habitação a se recuperar, o Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou nesta sexta-feira (26/02) os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro.

No primeiro mês do ano, houve uma redução de 99.694 empregos formais no país, uma variação percentual de –0,25% em relação ao estoque do mês anterior, saldo originado de 1.205.040 admissões e de 1.304.734 desligamentos.

Nos últimos 12 meses, 1.590.822 empregos com carteira assinada foram desativados, equivalente a uma variação negativa de 3,86%.

Segundo o Cadastro, o estoque de empregos em janeiro é de 39.593.365 postos, com saldo médio de empregos gerados no mês, desde 2003, de 70.304 postos.

Os primeiros dados de 2016 mostram que o setor de agricultura apresentou uma recuperação no mês de janeiro, com saldo positivo de 8.729 postos de trabalho, número superior à média de 2003 a 2015, que foi de 5.996 postos/mês.

Entre os setores, a perda mais significativa no mês foi no Comércio (-69.750) e Serviços (-17.159). O desempenho negativo do setor Comércio se deu principalmente pelo recuo do emprego no Comércio Varejista (-69.398 postos ou – 3,53%) e no Comércio Atacadista (-352 postos ou – 2,43%).

O setor de Indústria de Transformação apresentou um saldo negativo de 16.553 postos no mês, o equivalente a um recuo de 0,22%. Os ramos de Indústria de Calçados (+3.625 ou +1,27%), Indústria da Borracha (+2.351 ou +0,74%) e Indústria da Madeira e do Mobiliário (+114 ou +0,03%) apresentaram saldos positivos de geração de empregos, em janeiro.

Os dados do Caged mostram também que em janeiro, cinco estados apresentaram aumento no nível do emprego, com destaque para o Rio Grande do Sul (+7.263), Santa Catarina (+7.211) e Mato Grosso (+6.900). Os estados onde a retração foi mais forte foram São Paulo (-27.056) e Rio de Janeiro (-25.549). Nas regiões, houve elevação de postos de trabalho no Sul (+15.548) e Centro Oeste (+1.621).

No Sudeste (-71.956) e Nordeste (-33.411) ocorreram as maiores perdas no mês. Entre as Regiões Metropolitanas o destaque foi Curitiba, que gerou 318 postos ou + 0,03%. No conjunto das nove Áreas Metropolitanas, porém, ocorreu queda de 0,41% em janeiro, com perda de 65.272 postos de trabalho, sendo a maior queda registrada no Rio de Janeiro com perda de 20.096 postos ou -0,71% no mês.

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