Crise imposta a prefeituras leva Câmara de Uauá (BA) a não receber repasse

 

Da Redação

Em setembro, a queda do FPM imposto pelo Governo Federal foi de 20% em comparação ao mês agosto. O Secretário de Finanças do município de Uauá, Bahia, Silvo Romero, demonstra a sua preocupação referente ao funcionamento da máquina administrativa. Em contato com o AP, ele relatou os principais gargalos – que ainda existem – e que terão que ser resolvidos nos próximos dias.

“A situação na Prefeitura não é nada boa, assim como em outras prefeituras do país devido à queda constante de receitas. Além de encontrar uma prefeitura falida fomos obrigados a pagar várias pendências para que os recursos através de convênios não fossem bloqueados. Assim que o prefeito Olímpio Cardoso assumiu em janeiro, vem tentando contornar a situação mas o Governo Federal vem impossibilitando, e junto com isso a cada mês subsequente novos problemas estão surgindo nos deixando numa situação bastante delicada”, lamenta.

Romero apresentou um diagnóstico sobre despesas. “Estamos com um quadro de funcionários abaixo do excedente, mas com uma dívida elevada com o INSS. A partir do momento que se tem uma folha com alto custo, e com o INSS fazendo sequestro automaticamente nos dias 10 e 20 – e nos meses subsequentes – aí não se tem a mínima condição de se trabalhar. O Governo Federal está obrigado o prefeito a fechar as portas da prefeitura”, lamentou.

As medias do Governo Federal não só tem prejudicado as prefeituras, mas as câmaras de vereadores a exemplo de Uauá que ficou sem receber o repasse do duodécimo no mês de setembro. “Fomos obrigados a fazer uma negociação com o presidente para pagar”. Romero afirmou ainda que a administração municipal está estudando a possibilidade de criar a previdência própria para diminuir mais despesas. “Neste momento de sacrifício estamos buscando várias saídas, esta é uma delas. A administração está conversando com os servidores, através dos sindicatos analisando a proposta.

Mais jogo de cintura

“É uma prioridade da administração pagar os funcionários em dia, estamos efetuando os pagamentos no 5º dia útil do mês subsequente. Isso está sendo feito com muito sacrifício”. Sobre os prestadores de serviços “estamos conversando e renegociado a dívida para que no mais breve possível agente consiga sanar”.

Demissão de funcionários

Até a folha de pagamento está sendo analisada com possibilidade de transferência de um banco para o outro. “Este mês (outubro) estamos tentando passar a folha de pagamento para a Caixa Econômica Federal, justamente para tentar adequar os compromissos e chegar em 2014 com as contas pagas. Além disso, serão rescindidos a partir deste mês todos os contratos de funcionários, ficando somente os da área de saúde e educação. A população precisa ter paciência, pretendemos fazer uma nova gestão de forma diferente que começamos deste ano e para que isso aconteça temos que tomar tais medidas”.

Vivendo nessas condições, é difícil encontrar no Nordeste, ou em outros estados da Federação, um prefeito que se manifeste a favor da reeleição da presidente Dilma Roussef, a não ser o prefeito do próprio partido. Em Pernambuco, o pré-candidato à presidente, Eduardo Campos já ultrapassou a Dilma nas ultimas pesquisas divulgadas em 24 de setembro. Veja:

Pesquisa: O governador Eduardo Campos ultrapassou a presidente Dilma em Pernambuco

Júnior Finfa

Pela primeira vez, faltando um ano para as eleições, o governador Eduardo Campos (PSB) bate a presidente Dilma na corrida presidencial. Segundo pesquisa do Instituto Opinião, contratada com exclusividade pelo Blog do Magno Martins. Eduardo aparece na frente com 37.4%, cinco pontos de vantagem em relação à Dilma, que vem em segundo com 32.3%.

Ainda sem partido definido, a ex-senadora Marina Silva desponta em terceiro lugar com 11.9%, enquanto o tucano Aécio Neves tem apenas 2,5%. Brancos e nulos somam 8.2%. Na espontânea, entretanto, Dilma aparece na frente com 17.9% e Eduardo tem 6.6%, enquanto Lula aparece com 7.3%.

A pesquisa foi a campo entre os dias 13 e 18 deste mês, em 80 municípios do Estado, sendo aplicados dois mil questionários, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais para baixo ou para cima.

Eduardo bate Dilma na Região Metropolitana e na Zona da Mata, mas perde nos sertões e nos agrestes. No Grande Recife aparece com 38,1% e Dilma 23,7. Na Zona da Mata a diferença é de 45,3% para 33,3%. Nas demais regiões, a vantagem passa a ser da presidente.

No Agreste, Dilma tem 39,1% contra 33,4% de Eduardo. No Alto Sertão, a presidente desponta com 42,5% contra 34,5% de Eduardo, enquanto no São Francisco Dilma tem 40,5% e Eduardo 35.8%. Já a candidata Marina Silva tem seu maior percentual na Região Metropolitana – 15,6%.

Nas demais regiões, Marina aparece com 10% na Zona da Mata, 10,3% no Agreste, 8,4% no Alto Sertão e 4,6% no Sertão do São Francisco. O tucano Aécio Neves aparece com 3,1% no Grande, 2% na Zona da Mata, 2% no Agreste, 1,8% no Alto Sertão e 3,1% no São Francisco.

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