Crise obriga pessoas com diploma a trabalhos como recepcionista e faxineiro

Com a crise, milhares de brasileiros com diploma universitário têm sido empurrados para ocupações de menor qualificação, de acordo com informações divulgadas pela Folha. Os dados foram levantados pela Folha na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que traz informações sobre mais de 2.500 ocupações no mercado formal e foi divulgada recentemente.
Faxineiro foi, por exemplo, a sexta profissão que mais gerou vagas com carteira assinada para profissionais com ensino superior completo em 2015 em relação a 2014. Entre as 30 ocupações que mais criaram emprego nessa faixa de escolaridade no ano passado, pelo menos 11 são funções que não exigem alta qualificação, como assistente administrativo, auxiliar de escritório, vendedor no comércio e recepcionista.
O movimento de contratações e demissões de assistentes administrativos, responsáveis por funções como atualizar planilhas e cuidar de boletos bancários, ilustra isso. O saldo de assistentes administrativos com ensino médio completo aumentou em todos os anos entre 2007 e 2014. Esse movimento foi interrompido em 2015, com a eliminação de 12.218 vagas.
Já entre profissionais com nível universitário foram criadas 44.801 posições nessa ocupação no ano passado. Entre as profissões que mais geraram vagas no ano passado aparecem também ocupações de nível superior. Enfermeiros, administradores e farmacêuticos tiveram mais oportunidades no mercado de trabalho em 2015.
Ocupações também típicas do ensino superior –como engenheiro civil e arquiteto– registraram queda no saldo de ocupados no ano passado, quando o país já estava em recessão –iniciada em 2014.
Para os que têm ensino superior incompleto, a situação é mais complicada. Nessa faixa de escolaridade, foram eliminadas 16,8 mil vagas.Os dados foram levantados pela Folha na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), que traz informações sobre mais de 2.500 ocupações no mercado formal e foi divulgada recentemente.

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