Criticado por Mendonça Filho, Humberto Costa afirma que ministro desqualifica PT para esconder incompetência

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Depois que o ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho, disse que é mentira a suaacusação de que a pasta é um “cemitério de políticas públicas”, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), ratificou em nota enviada ao Blog de Jamildo neste sábado (3) as críticas que havia feito. “Mendonça tenta desqualificar a gestão do PT para esconder sua incompetência”, afirmou ainda. “Foram muitos os desmandos no setor e os brasileiros estão perdendo direitos e avanços que a gestão do PT trouxe durante os quase 14 anos de gestão. Desde que assumiram, o presidente Temer e o ministro da Educação Mendonça Filho promoveram diversos cortes e ameaças que prejudicam a educação”, acrescentou.

» Leia o texto enviado pela assessoria de imprensa de Humberto Costa:

Durante as gestões de Lula e Dilma a Educação avançou muito. Foram muitas as ações que democratizaram o setor. O orçamento da área cresceu de R$ 18 bilhões em 2002 para R$ 115,7 bilhões em 2014. Eles criaram 422 escolas técnicas federais, o que significa três vezes mais do que fizeram todos os governos anteriores em mais de um século. Lula e Dilma criaram 18 universidades federais e 173 campus universitários.

Os professores conquistaram piso salarial nacional, que aumentou quase 80% desde que foi criado, em 2009. Os recursos para compra da merenda escolar pulou de R$ 848,5 milhões em 2002, para R$ 3,5 bilhões em 2013 e durante esses anos mais de 37 mil novos veículos foram entregues para oferecer um transporte escolar de qualidade. Antes, até 2002, 77,2% das crianças em idade escolar (5 e 6 anos) frequentavam a escola. Em 2012 esse percentual saltou para mais de 92%.

No ensino superior cerca de 3,5 milhões de estudantes estudavam em universidades em 2002. Em 2014, esse número aumentou para 7,1 milhões. Para que isso fosse possível Lula e Dilma criaram programas como Prouni e o Pronatec. De 2003 a 2016, o número de doutores no quadro das universidades federais pulou de 2.711 para 59.658. O número de mestres também aumentou de 24.444 para 50.229.

O investimento público total em Educação, em relação ao PIB, cresceu na gestão do PT. O valor saiu de 4,6% em 2003 pra 6,2% em 2014. O investimento por aluno saiu do patamar de R$ 2.213,07 em 2003 para R$ 6.203,00 em 2014. Outra ação importante de Dilma foi a garantia de que 75% dos royalties e 50% do pré-sal iriam para a Educação.

Além disso, com o objetivo de facilitar o acesso às universidades do Brasil Lula criou o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) unificando a participação dos estudantes do país. “Foram tantas as ações dos governos Lula e Dilma que fica até difícil enumerar os avanços na Educação durante os quase 14 anos de gestão. É muito triste saber que estamos dando muitos passos pra trás”, disse Humberto Costa.

Indo na contramão de tudo o que foi realizado por Lula e Dilma, o presidente Temer e seu ministro da Educação Mendonça Filho destruíram diversas ações que beneficiavam a Educação. Com a PEC 241, o governo Temer pretende impor um limite nos investimentos no setor gerando um grande corte nos recursos. O Ciência sem Fronteiras, criado por Dilma Rousseff, já levou mais de 100 mil alunos para 54 países, e teve grande parte do programa cancelado por Mendonça Filho.A área de iniciação científica também sofreu. As instituições anunciaram que o CNPq promoveu um corte de 20% nas suas bolsas disponibilizadas para alunos da graduação e do ensino médio.

Além disso, o Ministério da Educação está com os repasses atrasados para a Rede Nacional de Pesquisas, que é responsável por levar conectividade a mais de 1.200 campi universitários, atingindo quase 4 milhões de pessoas. Temer ainda revogou a indicação de técnicos no Conselho Nacional de Educação para indicar aliados seus no CNE.

Além disso, um corte de 45% nos recursos para universidades federais em 2017 foi anunciado pelo ministro Mendonça Filho. Na lista dos cortes ainda consta o contingenciamento de verbas para o Pronatec, Fies e Prouni. Logo que Mendonça Filho assumiu, o MEC anunciou que o Enem corria perigo de não ser realizado em 2016 por problemas orçamentários. “Foram muitos os desmandos dessa gestão golpista, e quem mais vai sofrer é o nosso povo carente”, afirmou Humberto Costa
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