Cúpula militar tenta descolar o Exército de Braga Netto

A cúpula das Forças Armadas tenta passar a versão de que a intentona golpista foi uma ação de militares da reserva, e não um plano de golpe militar

General Braga Netto
General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)
 A prisão do general Braga Netto causa constrangimentos para as Forças Armadas, opinam quatro oficiais-generais entrevistados pelo jornal Folha de S.Paulo. A narrativa é que Braga Netto cometeu os delitos de que é acusado não como militar, mas como político.

Braga Netto já estava incompatibilizado com seus pares do exército quando foram reveladas em fevereiro as mensagens trocadas entre ele e o capitão reformado Ailton Barros. Na conversa, o general disse para “oferecer a cabeça” ao comandante da força, o general Freire Gomes, aos leões, chamando-o de “cagão”,

A atual cúpula militar diz que já esperava a prisão do general cedo ou tarde. Há ainda temor de que militares mais próximos, como os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, tenham o mesmo fim.

A cúpula das Forças Armadas tenta passar a versão de que a intentona golpista foi uma ação de militares da reserva, e não um plano de golpe militar, de iniciativa institucional.

A PF indiciou, até agora, 25 militares por participação na trama golpista. Entre eles, estão sete oficiais-generais —dentre os quais, um (Estevam Theophilo) estava no Alto Comando do Exército no fim do governo Bolsonaro. Ao todo, 12 eram da ativa.

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