Dados do Caged não mostram a realidade do desemprego em Juazeiro; veja vídeo

Da Redação

Em Juazeiro é grande a quantidade de comerciantes se queixando de quedas nas vendas, e com isso, a redução de mão de obra. Em vários pontos da cidade existem estabelecimentos fechados com placas de vende ou aluga, e ainda assim, existe a ação de bandidos, que durante a madrugada estão arrombando lojas, obrigando proprietários à levarem sus mercadorias para casas depois do horário de atendimento.

A única empresa de porte elevado que tem empregados com grande quantidade é a Agrovale, mesmo assim, mais de 80% da mão de obra é formada por pessoas que trabalham no campo é de outras cidades. Já nos perímetros irrigados, a mão de obra é passageira, funciona, apenas, em época de plantio e colheita.

Realidade do desemprego em Juazeiro da Bahia

De acordo com os números do Ministério do Trabalho/Caged, apresentados nesta semana, mostram que o acumulado de janeiro a junho de 2019, Juazeiro teve saldo positivo de 2.553 empregos com carteira assinada gerados no município. Estes dados são assustadores porque hoje o quadro de desemprego no município é elevado e não chegou nenhuma empresa na cidade.

As últimas grandes empresas que se instalaram em Juazeiro, tem mais de cinco anos, foram 3 grande lojas de vendas no atacado e em grosso com mão de obra limitada, mesmo assim pagando salário minimo.

Prefeitura de Juazeiro é a segunda empresa que mais emprega na cidade

Segundo levantamento do AP, o segundo maior gerador de emprego em Juazeiro é o próprio município com 7.833 cargos. Este número incluindo a prefeitura, Saae, Cstt, Ama, Ipj e Câmara de Vereadores. O total de encargos da máquina pública ultrapassa os R$ 30 milhões, e com isso quase toda a população tem se queixado da falta de dinheiro para saúde, infraestrutura, educação, pagamentos aos fornecedores e prestadores de serviços.

Movimento no comércio de Juazeiro está há anos em situação precária, mesmo assim, pessoas ligadas ao CDL e a Associação Comercial dizem que vai bem nestas condições

Em alguns ponto do centro de Juazeiro, a Prefeitura Municipal espalhou cartazes comemorando os dados apresentados pelo Caged, mas a revolta popular no município é tão grande contra a administração do prefeito Paulo Bomfim (PCdoB) que pessoas gravaram vídeos e postaram em redes sociais repudiando a informação. Este foi o caso do morador do bairro Santo Antônio, conhecido por Zezinho afirmando que as informações são mentirosas.

Durante o feriadão junino deste ano, dezenas de funcionários da Agrovale que trabalham no corte da cana viajaram para passar com suas famílias em outros estados do nordeste

Cenas deploráveis

A reportagem do AP coletou algumas informações de comerciantes na cidade, sendo que alguns pediram para não divulgar os nomes, pois segundo um deles afirmou que até a concorrência entre eles impedem o crescimento mesmo fazendo parte de ramo diferente.

Em um dos episódios, o determinado comerciante afirmou que alugou um ponto, estruturou sua empresa, e com o passar dos meses o proprietário do imóvel – que também é comerciante – decidiu aumentar o preço do aluguel por quase o dobro, obrigando o mesmo a mudar para a cidade vizinha de Petrolina.

O movimento no comércio do centro de Juazeiro reduziu bastante nos últimos dez anos, que no bairro da Areia Branca, em Petrolina, o movimento hoje é superior com preço melhores e mais ofertas. “Um dos problemas que prejudicou o nosso comércio foi o zona azul, isso afastou muitas pessoas que vinham do interior. Outro problema é a falta de segurança a noite com lojas sendo arrombadas, obrigando as pessoas a levarem as mercadorias todos os dias para suas casas depois que fecham as portas”, lamentou a comerciante.

Até uma igreja evangélica fechou as portas

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