“Dama do tráfico” pede sensibilidade a Lula: “ele já foi preso”

Luciane diz que se sente afetada emocionalmente por “ataques” e pede proteção aos presos

Da Redação

Titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco Brandani se encontrou com Luciane
Titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco Brandani se encontrou com Luciane – 

Condenada por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de ser esposa de um dos líderes do Comando Vermelho, Luciane Farias se disse incomodada pelos comentários sobre sua visita ao prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no primeiro semestre do ano.

“As pessoas que não levantam a bandeira para essa pauta [direitos humanos no sistema prisional] me atacam em redes sociais, e isso me afeta mentalmente”, disse Luciane ao portal Uol, nesta sexta-feira, 17″. “Minha filha fica em frente à TV e me defende. Isso tem me abalado”, continua.

Para Luciane, o objetivo da visita envolvia a sua bandeira. “Quero sensibilizar nosso presidente Lula, que já foi preso, a Janja que já visitou [unidades prisionais]. Talvez eles não tenham passado por tantas mazelas, porque o status é diferente. Queria que olhassem para a gente, ativistas de direitos humanos, e criassem protocolos para nos proteger”, afirmou Luciane, que é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA).

“Queria que olhassem para mim como a esposa de uma pessoa que errou, mas não como uma criminosa”, concluiu.

Sobre a visita ao ministério

Na visita ao edifício do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luciane integrou uma comitiva de advogados e representou a ILA. Em 19 de março, a esposa de Clemilson Farias, o Tio Patinhas, que é um dos líderes do Comando Vermelho e cumpre pena de 31 anos de prisão, esteve com o secretário nacional de Assuntos Legislativos da pasta, Elias Vaz.

Já no dia 2 de maio, Luciane se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. Em suas redes sociais, a presidente da ILA disse que levou a Velasco as “denúncias de revistas vexatórias” no sistema prisional amazonense.

Segundo a Polícia Civil do Amazonas, a ILA é uma ONG que atua em prol dos presos ligados ao Comando Vermelho e é financiada com dinheiro do tráfico de drogas.

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