Dança das cadeiras no Palácio das Princesas

O retorno de Nilton Mota para a Alepe desagradaria Danilo Cabral e Jarbas Vasconcelos

Conforme noticiado em primeira mão pela colunista desta “Folha” Renata Bezerra de Melo, o deputado Nilton Mota deixa hoje a Secretaria de Agricultura para substituir Antônio Figueira na chefia da Casa Civil. Foi a segunda mexida no tabuleiro que o governador Paulo Câmara realizou em pouco mais de 30 dias visando à campanha à reeleição. A primeira foi a nomeação do deputado Kaio Maniçoba para a Secretaria de Habitação a fim de abrir vaga na Câmara Federal para o suplente Luciano Bivar (PSL). Esta agora teve como objetivo reaproximar o PDT da Frente Popular sem ferir os interesses dos deputados Danilo Cabral e Jarbas Vasconcelos. Explica-se: se Nilton Mota retornasse à Assembleia Legislativa, como se cogitou, deixaria o PSB de Surubim (Danilo Cabral) sem espaço no governo e devolveria Gustavo Negromonte, sobrinho de Jarbas, à condição de suplente. Optou-se então pela solução menos traumática, ou seja, o deslocamento de Figueira para a Assessoria Especial e do seu atual chefe, José Neto, para adjunto de Nilton Mota. A mudança pode até não produzir os efeitos eleitorais que dela se espera. Mas pelo menos está mostrando que o governo decidiu “fazer política”.

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