Daniel Coelho: Nós vamos apoiar as medidas que nós acharmos corretas

Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal reeleito Daniel Coelho, presidente do PPS em Pernambuco, adiantou, em entrevista ao programa Passando a Limpo, na Rádio Jornal, nesta terça-feira (20), que o seu partido adotará uma postura de “independência” no Congresso em relação ao governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O parlamentar negou que a sigla – que passa por um processo de refundação – possa aderir ao bloco de oposição capitaneado pelo PDT. Daniel disse que os deputados da legenda irão apoiar as medidas do novo governo que “acharem corretas”, incluindo a reforma da Previdência – votação prioritária para Jair Bolsonaro.

“A posição da totalidade dos deputados eleitos é de uma posição de independência. Então, o partido não irá fazer bloco de oposição na Câmara. Não participará de bloco de oposição. E nós vamos apoiar as medidas que nós acharmos corretas. Não há alinhamento automático com o governo, tampouco, ou seja, o partido não pretende assumir cargos. Vamos manter uma postura crítica. Estamos aguardando para ver na prática como será o próximo governo”, afirmou.

Para o parlamentar, ainda é prematuro “antecipar as medidas do governo”, mas elogiou a nomeação do ex-juiz federal Sérgio Moro para o superministério da Justiça e Segurança Pública e o recuo de Bolsonaro sobre a fusão das pastas da Agricultura com a de Meio Ambiente.

“A gente está vendo uma composição dos principais ministérios já anunciada. Uma composição que pode agradar a uns e desagradar a outros, mas uma composição condizente ao que o candidato Bolsonaro falou na campanha. Então, está pelo menos nesse momento cumprindo com aquilo que disse no período eleitoral”, disse.

O presidente estadual do PPS ressaltou que o foco do partido agora é o “processo de reposicionamento ideológico, de mudança de nome, de mudança de programa” que passa a agremiação antes mesmo da eleição. O processo aproximou a sigla de movimentos da sociedade civil como Acredito, Agora e Livres. “O nosso foco é exatamente a nossa mudança de nome, o nosso reposicionamento como um partido liberal, mas também progressista. Essa é a posição que o movimento deve ocupar a partir do ano que vem”, disse.

Daniel afirmou que o PPS irá realizar uma reunião da Executiva Nacional que vai marcar a data para o Congresso da sigla que oficializará a mudança de nome da legenda – que surgiu de políticos oriundos do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *