O ex-deputado federal Daniel Silveira rompeu a tornozeleira eletrônica e argumentou que desconfiava que o aparelho estivesse com uma escuta. O aparelho foi examinado pelos peritos, que descartaram a possibilidade de que qualquer escuta tenha sido colocada na tornozeleira, informou a Polícia Civil em nota.
A Polícia Civil indiciou o ex-deputado pelo crime de dano, que prevê pena de um a seis meses. O advogado atual de Daniel Silveira, Paulo Faria, afirmou ao Uol que não pode se pronunciar por não ter acesso à decisão, que, segundo ele, foi vazada e não protocolada ao sistema do STF.
Daniel Silveira cumpre pena integralmente, de oito anos e nove meses de prisão, no Rio de Janeiro desde o final de maio deste ano. A condenação refere-se a um vídeo publicado por ele em fevereiro de 2021 nas redes sociais com xingamentos, ameaças e acusações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Silveira chegou a ser perdoado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que editou um decreto da graça constitucional em abril de 2021. Mas, em maio deste ano, o STF invalidou a decisão, e a preventiva que ele cumpria à época foi convertida em prisão por execução de pena.