De marceneiro a mercenário: como Han Solo mudou a vida de Harrison Ford
Antes de fazer sucesso na saga de George Lucas, Ford chegou a fazer um trabalho para o músico Sergio Mendes. Entenda!
Fabio Previdelli
Indiana Jones, Blade Runner, Apocalypse Now…, a lista de filmes na carreira icônica de Harrison Ford é extensa. Segundo dados do Box Office Mojo, um site norte-americano que mostra a evolução das receitas das bilheterias de uma forma sistemática, as rendas domésticas dos filmes estrelados por Ford batem a marca de 5,1 bilhões de dólares.
Se levarmos em conta a receita mundial dessas produções, a quantia quase dobra, passando da casa dos U$D 9,3 bilhões. Porém, o estrondoso sucesso do ator só foi possível por sua participação em Star Wars — Episódio IV: Uma Nova Esperança, de 1977. Antes disso, ele tinha um trabalho que poucos podem imaginar. Descubra!
O marceneiro Harrison Ford
Por mais curioso que seja, quem relata detalhes da vida pré-fama de Ford é o cantor brasileiro Sergio Mendes. Como explica matéria do El País, o artista é o brasileiro que vendeu mais discos nos Estados Unidos.
O responsável por tamanho sucesso é o hit ‘Mas Que Nada’, que ocupou os primeiros lugares das paradas de sucesso após o lançamento do primeiro EP de Sergio à frente da Brasil’66. Como aponta o El País, a música teve grande repercussão por combinar grandes canções em inglês com ritmos brasileiros mais suavizados.
Com o sucesso, Mendes decidiu que montaria um estúdio de gravação na garagem de sua casa em Encino, no distrito de Los Angeles. A obra durou cerca de seis meses, tempo mais que suficiente para o artista nutrir uma amizade pelo marceneiro responsável pela obra.
Enquanto Mendes realizava um sonho, o marceneiro de cabelo comprido, barbudo e calça vermelha estava em busca do seu. Aos 28 anos, na época, Harrison Ford queria se tornar ator de cinema.
Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, Harrison encontrou na marcenaria um trabalho mais certeiro e seguro do que a atuação, mas depois de conseguir o papel como o famoso mercenário intergaláctico em um filme de George Lucas, a amizade com o diretor de Star Wars e sua competência lhe abriram muitos caminhos em Hollywood.
“A Força desperta! Antes de Han Solo, houve um grande marceneiro chamado Harrison Ford. Aqui está ele, com sua equipe, no dia em que terminaram de construir meu estúdio de gravação por volta de 1970… Obrigado, Harrison… a força deve estar com você”, escreveu o cantor em uma publicação do Facebook em dezembro de 2015, mesma época que Ford voltaria a franquia para viver Han Solo em “O Despertar da Força”.
Protagonismo além das telonas
Além da atuação, Harrison Ford é conhecido também por ser um grande ativista. Como aponta matéria da CNN, Ford é vice-presidente da Conservation International, uma organização ambiental sem fins lucrativos que visa proteger a natureza.
Por causa dessa frente, inclusive, o ator recebeu algumas homenagens. Em 1993, por exemplo, o aracnologista Norman Platnick nomeou uma nova espécie de aranha de “Calponia harrisonfordi”. Já em 2002, o entomologista Edward O. Wilson nomeou uma nova espécie de formiga como “Pheidole harrisonfordi”, de acordo com matéria do portal Our Planet.
Além disso, desde 1992, Ford empresta sua voz para uma série de mensagens de serviço público promovendo o envolvimento ambiental para a EarthShare, uma federação americana de instituições de caridade para o meio ambiente e conservação da natureza.
O ator também aparece na série de documentários Years of Living Dangerously , produzida pelo Showtime, que relata sobre pessoas afetadas e buscando soluções para as mudanças climáticas.
Em 2019, em nome da Conservation International, Harrison Ford fez um discurso acalorado durante a Cúpula de Ação Climática das Nações Unidas, que aconteceu em Nova York. No pronunciamento, o ator falou sobre a destruição da floresta amazônica e seus efeitos nas mudanças climáticas para o resto do mundo.
Ford convidou o público para ouvir os “jovens raivosos” que tentam fazer a diferença nesse cenário, e enfatizou que “a coisa mais importante que podemos fazer por eles é dar o fora de seu caminho”, conforme repercutiu o portal britânico Plant Based News.