Decisão de Toffoli ‘fecha o cerco’ contra Moro, avaliam aliados do ex-juiz parcial

Ato contribui para reforçar uma imagem negativa do hoje senador perante o público, o que pode impulsionar sua cassação pela Justiça Eleitoral

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou todas as provas relacionadas ao acordo de leniência da Odebrecht, está sendo vista como um movimento que complica a situação do senador e ex-juiz parcial Sergio Moro (União-PR) e preocupa seus aliados. A análise é que essa decisão contribui para criar uma percepção negativa perante o público, o que pode influenciar o processo de cassação de seu mandato de senador pela Justiça Eleitoral, destaca a jornalista Bela Megale, colunista de O Globo.

A reportagem destaca, ainda, que segundo fontes próximas ao senador e membros de sua equipe de defesa, não existe, pelo menos por enquanto, o temor de que esse caso resulte em um risco iminente de prisão. “A estratégia definida até o momento é que Moro seguirá com o discurso de defesa da legalidade de seus atos como juiz da Lava-Jato, mas não confrontará de maneira alguma o Judiciário e seus membros”, destaca o texto.

Na decisão de Dias Toffoli, ficou determinado que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e outros órgãos devem tomar medidas para investigar a responsabilidade funcional, administrativa, cível e criminal de agentes públicos envolvidos no acordo de leniência. Como resultado, a Advocacia-Geral da União (AGU) já iniciou uma investigação que abrange o ex-juiz parcial Sergio Moro e os ex-membros da força-tarefa da Lava-Jato. Entre as possíveis consequências, está a avaliação de indenizações à União.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, também anunciou que acionará a Polícia Federal para abrir um inquérito sobre o caso, o que acrescenta mais complexidade à situação envolvendo Sergio Moro e os desdobramentos da anulação das provas da leniência da Odebrecht.

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