Defendendo Marília, petista diz que partido não pode repetir ‘bobagem’ feita na eleição de 2012

Foto: Divulgação
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O ex-deputado federal Fernando Ferro (PT) disparou contra a possível aliança do dos petistas com o PSB do governador Paulo Câmara. O ex-parlamentar questionou como o PT poderia “abrir mão” de uma candidatura com “potencial” da vereadora Marília Arraes.

Na avaliação do petista, seria “um absurdo” a sigla deixar a disputa pelo Palácio das Princesas porque a vereadora vem conseguindo bons índices de intenção de voto, chegando até pontuar 25% no melhor cenário, segundo pesquisas internas que o petista teve acesso. Para ele, a parlamentar representa o “novo” nessa cenário político.

Sem citar nomes, Fernando Ferro disse que “existe interesses políticos e pessoais” por trás de uma composição com Paulo Câmara, no debate da Super Manhã na Rádio Jornal desta quinta-feira (10). A declaração veio depois do senador Humberto Costa defender nessa quarta-feira (9), no Senado, o apoio à reeleição do governador, fazendo uma crítica a “personalismos” dentro do PT na costura pela candidatura própria.

O parlamentar é um dos principais fiadores de uma aliança com o PSB, que o garantiria, segundo o que corre nos bastidores, uma das vagas para a disputa pelo Senado, viabilizando sua reeleição. A outra vaga seria do ex-governador e atual deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB).

No debate, que contou com a presença dos deputados estaduais Isaltino Nascimento (PSB) e Sílvio Costa Filho (PRB), o ex-deputado Fernando Ferro disse que a aliança com o PSB vai “contra 90% da base do PT”. Ele citou o apoio de vereadores, diretórios municipais à candidatura de Marília Arraes.

O petista lembrou da posição do partido nas eleições para a Prefeitura do Recife em 2012 para reforçar a posição atual de lançar um nome para a disputa pelo governo do Estado.

Para o ex-parlamentar, o partido poderá repetir um erro cometido neste pleito, quando o Diretório Nacional fez uma intervenção e rifou a candidatura à reeleição do então prefeito João da Costa. O imbróglio acabou abrindo espaço para o ex-governador Eduardo Campos lançar o nome do seu então secretário Geraldo Julio na disputa municipal. O PT Nacional optou pela candidatura de Humberto Costa, com o ex-prefeito João Paulo, hoje no PCdoB, na vice. Geraldo Julio acabou eleito no primeiro turno.

“Fizemos uma bobagem quando em 2012 tiramos a candidatura de João da Costa”, disse Ferro.

Na avaliação de Ferro, Marília tem “condições políticas e programáticas”, inclusive, de conseguir apoio de outros partidos, que, segundo ele, estariam esperando o posicionamento do PT para se juntar ao projeto da vereadora. A análise vai de encontro à visão de alas do partido que defendem uma aliança com o PSB de que a petista ficaria isolada no pleito.

“O PT é importante nesse cenário. Esse cenário não pode ser jogado fora”, disse Ferro.

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