Delgatti teve serviços médicos pagos por Zambelli, informa advogado do hacker

As provas, segundo o advogado, serão entregues à Polícia Federal

Walter Delgatti Neto
Walter Delgatti Neto (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, teve serviços médicos pagos pela deputada bolsonarista Carla Zambellie nesse ano, informou o advogado Ariovaldo Moreira ao programa Estúdio i, da GloboNews, segundo a jornalista Andréia Sadi. As provas, segundo o advogado, serão entregues à Polícia Federal.

Bolsonaro apresenta queixa-crime contra Delgatti – Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios uma queixa-crime contra o hacker Walter Delgatti Neto por calúnia. A ação foi tomada em resposta à alegação feita por Delgatti na CPMI do 8 de janeiro, na qual ele afirmou que teria recebido uma solicitação de Bolsonaro para assumir a responsabilidade por um grampo ilegal envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“A defesa do presidente Bolsonaro se mostra indignada com as declarações mentirosas, irresponsáveis e evidentemente dirigidas do senhor Delgatti, razão porque houve por bem promover a queixa por crime de calúnia”, afirma o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno. A equipe jurídica de Bolsonaro sustenta que existem provas substanciais relacionadas ao alegado crime cometido por Delgatti, tornando desnecessárias quaisquer explicações adicionais ou mesmo a abertura de uma investigação para esclarecer os acontecimentos.

Conforme consta na petição, a defesa alega que Delgatti teria espalhado fatos “manifestamente mentirosos” e prejudicado a reputação de Bolsonaro perante um grande número de indivíduos, uma vez que seu testemunho foi amplamente divulgado por vários meios de comunicação e plataformas. “O Querelado [Delgatti] imputou ao Querelante [Bolsonaro], em sua oitiva realizada na CPMI dos atos de 8 de Janeiro de 2023, o delito de realizar interceptação telefônica ou telemática sem autorização judicial, […] ciente da falsidade da imputação formulada”. A ação penal já foi distribuída e será analisada pelo 3º Juizado Especial Criminal de Brasília, vinculado ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

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