Por Jô Silva Rodrigues – Reeducandos do Centro de Observação e Triagem professor Everardo Luna (Cotel), enviaram carta aos familiares implorando pelo fim dos maus tratos, desumanos, que vêm enfrentando por parte da diretoria do presídio.

Na carta, eles denunciam que são castigados sem justificativa; que presos atuam como agentes penitenciários; que são algemados dentro da unidade, ao falar com seu advogado, no parlatório; que o banho de sol são duas vezes na semana e, apenas, por duas horas. Por causa da pandemia, o benefício deveria ser individual, para não haver aglomeração no pátio. O que não é cumprido. Eles afirmam que todos se juntam para a exposição ao sol.

Os detentos clamam pela inspeção e presença da juíza titular da Vara de Execuções Penais, Dra. Orleide Rosélia Nascimento Silva.

Com diversas manifestações e sem resultados, o advogado criminalista Dr. Alexandre Felício Antunes de Oliveira resolveu atender às reivindicações dos reeducandos, através de seus familiares e acionou os órgãos competentes para solução.

“Peticionei a denúncia, após receber a carta dos parentes dos presos, protocolando na Seres, CNJ, TJPE, MP e OAB do nosso estado. Os relatos deverão ser investigados em sua integralidade. E, se comprovados, punidos à rigor da Lei seus infratores. Tais atos estão em desacordo com nossa Legislação, Constituição e Pactos Internacionais de Direitos Humanos”, ressaltou o especialista, Dr. Alexandre de Oliveira.

O governador Paulo Câmara, também, foi citado no manuscrito, onde a população carcerária, do Cotel, pede a intervenção do Executivo para a retomada da garantia dos seus direitos. Para evitar, assim, uma possível rebelião.