Breno Cunha
A deputada federal Alice Portugal (PCdoB), que apoiou destaques que desconfiguraram o pacote de medidas contra a corrupção proposto pelo Ministério Público negou que participou de qualquer ato para “depenar” as propostas e disse que “não houve uma subtração de medidas, houve uma adequação de medidas”.
“O essencial foi aprovado. A tradução de crimes eleitorais para esferas penais, criminaliza o caixa 2, o projeto é duro com quem comete atos ilícitos. Isso é inegável. O projeto sofreu emendas”, disse. “Queríamos igualar todos os cidadãos brasileiros. Não estou entendendo o porquê desse clamor, foi o que foi corrigido nesse projeto”, completou a parlamentar.
“Houve a adequação da leniência, porque o que se estava prevendo era que praticamente o cidadão tinha que fazer a confissão de culpa mesmo antes do projeto julgado”, citou Alice, ao falar a respeito da exclusão das regras que permitiriam ao Ministério Público negociar acordos de leniência e as que permitiam acordos com a confissão do crime e reparação do dano até a promulgação da sentença.
“Eu sou uma pessoa completamente à vontade para falar disso, porque não defendo a corrupção. Fui candidata a prefeita de Salvador, me reviraram pelo avesso e nenhuma moeda caiu dos meus bolsos”, concluiu.