Deputados estaduais ainda sem previsão de pagamento de emendas

Por Larissa Rodrigues

Faltando menos de 15 dias para o início dos trabalhos legislativos de 2025, em 3 de fevereiro, os deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) ainda não receberam nenhuma sinalização do Governo do Estado de que haverá o pagamento do restante das emendas impositivas de 2024, quando haverá e se existe previsão para que a situação seja resolvida até o fim do recesso parlamentar.

Após a formação do grupo de trabalho que está analisando as emendas, por ordem da governadora Raquel Lyra (PSDB), ainda não houve retorno algum da situação aos deputados. Em conversa com este blog, o presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), lembrou que o prazo para responder ao pedido de informações enviado pela Alepe sobre o assunto vai até o dia 6 de fevereiro.

“Estamos aguardando e na esperança de que se resolva, porque os prefeitos estão nos cobrando. Mas até agora, não houve retorno”, relatou Porto. O grupo de trabalho foi criado no dia 9 de janeiro e tem representantes das Secretarias de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, Fazenda e Controladoria-Geral, além da Procuradoria-Geral do Estado.

“Se voltarem os trabalhos e ela não resolver o problema, ela tem uma grave situação a ser resolvida com os deputados da Casa. Ela tem R$ 140 milhões para pagar. Não pagou. Tem mais R$ 300 milhões para pagar este ano. É complicado. Eu vejo um problema seríssimo a ser resolvido”, afirmou, em reserva, outro deputado.

O grupo de trabalho foi instituído em resposta à reunião que os parlamentares fizeram, no último dia 6. No encontro, que interrompeu o recesso, eles decidiram dar um prazo de 30 dias para que o Poder Executivo explique o não pagamento das emendas. O período foi estabelecido por meio do pedido de informação mencionado antes e que foi enviado ao Governo.

Nos bastidores, há a avaliação de que se o ano legislativo tiver início sem que o Estado dê um fim para essa polêmica, pelo menos estabelecendo prazos para os pagamentos, a governadora Raquel Lyra poderá ter pela frente dificuldades na relação com a Casa, que havia melhorado nos últimos meses de 2024, mas começou tensa em 2025.

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