Deputados federais baianos gastam mais de R$ 1 milhão em combustível e ocupam 2º lugar em ranking nacional

Por Leonardo Almeida

Os deputados baianos ficaram em segundo lugar em ranking de gastos de combustíveis durante os sete primeiros meses de 2023. De acordo com dados da Câmara, os parlamentares da Bahia gastaram R$ 1.030.368,23 entre janeiro e julho deste ano, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que chegaram a R$ 1.213.879,55. Os deputados de São Paulo ocuparam o terceiro lugar, com R$ 1.012.482,75.

Vale lembrar que a Bahia possui a quarta maior bancada da Câmara dos Deputados, com 39. À frente dos baianos estão: São Paulo (70), Minas Gerais (53) e Rio de Janeiro (46). Além disso, de acordo com o regimento da Casa, para os gastos com combustíveis e lubrificantes, os deputados possuem um limite inacumulável de R$ 9.392,00 mensais.

O deputado que registrou o maior gasto foi Charles Fernandes (PSD), que gastou R$ 57.291,32 em combustíveis durante os sete primeiros meses deste ano. Atrás do pessedista, ficou José Rocha (União) com um gasto de R$ 56.645,50 no mesmo período.

Em relação aos menores gastos, o parlamentar baiano que registrou a menor destinação de recursos para divulgação foi Adolfo Viana (PSDB), com R$ R$ 4.106,60. Atrás do presidente estadual do PSDB, aparece Capitão Alden (PL), que gastou R$ 7.558,70 durante os sete primeiros meses do ano, levando em consideração os deputados da legislatura atual.

Os meses com os maiores gastos foram: Março (R$ 182.374,64) e Maio (R$ 181.155,32). Em contrapartida, os meses com as menores quantias foram: Janeiro (R$ 93.233,87) e Julho (R$ 115.168,78).

Durante os 12 meses do ano passado, o valor gasto com os combustíveis dos deputados foi de R$ 1.597.056,57.

COTA PARLAMENTAR

O custo com os combustíveis faz parte da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap).

O valor mensal do benefício deve ser utilizado pelo deputado para custear despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, entre outras.

A cota parlamentar é diferente para cada federação, pois leva em consideração o valor da passagem aérea de Brasília até a capital do estado em que o deputado foi eleito. A cota para um parlamentar baiano é de R$ 44.804,65, segundo informações da Câmara.

Vale destacar que o saldo mensal não utilizado em um mês é acumulado ao longo do exercício financeiro, sendo permitida a acumulação de um exercício financeiro para o seguinte.

Veja os gastos dos deputados baianos em combustíveis:

Adolfo Viana (PSDB): R$ 4.106,60
Afonso Florence (PT): R$ 0,00 (Licenciado)
Alex Santana (Republicanos): R$ 15.800,32
Alice Portugal (PT): R$ 20.074,36
Antônio Brito (PSD): R$ 22.383,69
Arthur Maia (União): R$ 40.112,76
Bacelar (PV): R$ 17.855,19
Capitão Alden (PL): R$ 7.558,70
Charles Fernandes (PSD): R$ 57.291,32
Claudio Cajado (PP): R$ 46.596,26
Dal (União): R$ 18.784,00
Daniel Almeida (PT): R$ 29.585,76
Diego Coronel (PSD): R$ 27.991,93
Elmar Nascimento (União): R$ 12.902,62
Félix Mendonça Jr. (PDT): R$ 17.181,87
Gabriel Nunes: (PSD): R$ 34.009,51
Ivoneide Caetano (PT): R$ 18.273,46
Jorge Solla (PT): R$ 50.046,79
Joseildo Ramos (PT): R$ 34.188,80
Josias Gomes (PT): R$ 29.036,28
José Rocha (União): R$ 56.645,50
João Carlos Bacelar (PL): R$ 25.402,32
João Leão (PP): R$ 17.273,64
Leur Lomanto Júnior (União): R$ 23.714,65
Léo Prates (PDT): R$ 12.898,74
Lídice da Mata (PSB): R$ 29.260,35
Márcio Marinho (Republicanos): R$ 14.356,70
Mário Negromonte Jr. (PP): R$ 17.160,22
Neto Carletto (PP): R$ 32.962,13
Otto Filho (PSD): R$ 32.133,37
Pastor Sargento Isidório (Avante): R$ 23.800,87
Paulo Azi (União): R$ 14.760,15
Paulo Magalhães (PSD): R$ 46.542,46
Raimundo Costa (Podemos): R$ 25.983,90
Ricardo Maia (MDB): R$ 17.531,48
Roberta Roma (PL): R$ 34.172,74
Rogéria Santos (Republicanos): R$ 11.748,94
Sérgio Brito (PSD): R$ 504,21 (Licenciado)
Valmir Assunção (PT): R$ 10.167,58
Waldenor Pereira (PT): R$ 23.494,11
Zé Neto (PT): R$ 44.476,26

Deputados da antiga legislatura, que ocuparam o cargo até janeiro:

Abílio Santana (PSC): R$ 310,04
Cacá Leão (PP): R$ 1.226,66
José Nunes (PSD): R$ 2.608,79
João Roma (PL): R$ 980,64
Marcelo Nilo (Republicanos) – R$ 3.976,60
Professora Dayane Pimentel (União): R$ 1.133,14
Ronaldo Carletto (PP): R$ 390,10
Tito (Avante): R$ 1.501,02

(BN)

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