Descaso e abandono no Parque de Calu
Patos se alimentam do lixo
No entardecer, as muriçocas assustam os frequentadores
O local é um dos principais pontos turísticos da região
Abandono e descaso
Falta de manutenção
Quiosque em condições precárias
Quadra arrebentada
O comerciante Roberto Moura se mostra indignado com a situação
Devido a falta de segurança, o vandalismo se faz presente
De acordo projeto ‘Juazeiro Verde’, foi gasto mais de 13 milhões em uma obra que está se derretendo com o tempo
Os gansos são alimentados por donos de bares
O Parque Lagoa do Calú em Juazeiro é o grande espaço de lazer e entretenimento para a população da cidade, é o que podemos chamar de academia ao ar livre e um dos poucos pontos turísticos da cidade.
Percorrendo o parque, notamos que o equipamento público está mal conservado, como tantos outros pontos turísticos da cidade. Os bancos estão velhos e alguns enferrujados, os balanços estão quebrados, amarrados com arames e outros brinquedos estão totalmente danificados.
Falta de Manutenção e ataques de muriçocas na Lagoa do Calú
A Lagoa de Calú é considerada pelos frequentadores como um dos únicos espaços para lazer e atividades físicas de Juazeiro, como atesta a pedagoga aposentada, Lúcia Souza que frequenta o parque todos os dias para caminhar. “Adoro esse espaço, pra mim é o melhor espaço da cidade e um dos únicos espaços para fazer exercícios”, disse ela, que ressalta a necessidade de uma pista de ciclismo, separada da pista para caminhada.
Inaugurado em 15 de julho de 2007, dia do aniversário da cidade, durante o governo do ex-prefeito Misael Aguilar, a Lagoa não recebeu uma reforma e o estados de conservação dos equipamentos é precário. A lagoa está quase coberta com a Taboa, um matagal que acumula o lixo, as duas quadra que tem no local também estão precárias, com o piso ruim e o alambrado danificado.
A professora Vera Santos estava se exercitando no Lagoa nesta terça-feira (12), como faz todos os dias. Ela prefere o parque a outro espaço, e até os gansos não escapam da falta de cuidado. “O espaço é muito bom para se exercitar, mas precisa de um pouco de cuidado e segurança. Aqui já foi esgoto, faz um espaço bom como esse sem ter manutenção. Também não alimentam os gansos, que quando estão com fome tiram o pessoal das mesas. O pessoal dos quiosques é quem alimentam os bichos”, informou.
No local tem alguns quiosques e os proprietários responsáveis procuram cuidar do espaço para atrair a clientela, mas ao entardecer fica um pouco difícil, pois a cena é lamentável, as pessoas são praticamente expulsas do parque para evitar os ataques das muriçocas, que invadem e tomam conta do local. “É quase uma dança, você vê todo mundo correndo e batendo os pés, o povo saí se batendo para não ser atacado”, conta Maria Lucineide, que trabalha há seis meses na Lagoa.
O empresário Roberto Moura frequenta a Lagoa de Calú para fazer cooper, ele trabalha ao lado e conhece bem o entardecer no parque. “As pessoas que querem faz cooper vem pra cá, é lamentável porque não tem da prefeitura um zelo por esse equipamento, Juazeiro tem um problema crônico de muriçocas, além da própria lagoa que não fazem a limpeza, tem os canais que a prefeitura diz que vai fazer uma drenagem, fazer uma limpeza, mas a limpeza não é feita efetivamente nem na lagoa e nos canais. Quem mora no bairro sofre, é muita muriçoca e incomoda bastante, um risco de saúde pública”, disse.
A reportagem tentou contato com a secretaria de Serviços Público e não conseguiu.