Descaso marca atendimento no Hospital Otávio de Freitas

Por Juliana Albuquerque 

Pacientes que estão internados à espera de cirurgias, muitas delas de urgência, no Hospital Otávio de Freitas, vivem dias de terror nos corredores superlotados da unidade de saúde. Sem estrutura, em leitos improvisados e sem ao menos um sistema de ar-condicionado em funcionamento, eles se veem à mercê da própria sorte, enquanto aguardam a operação.

Em denúncia feita ao Blog do Magno, um paciente relata que, além de toda a precariedade estrutural presente na ala de pré-operatório, que beira à insalubridade, há também falta de médicos plantonistas. Para se ter uma ideia, pacientes que deram entrada, no último fim de semana, foram obrigados a ficar 48 horas sem se alimentar porque o médico responsável pela análise dos exames só estaria de plantão hoje.

As precariedades do sistema de saúde da rede estadual é, inclusive, alvo de uma audiência pública que acontece, neste momento, no Procuradoria Geral do Estado, convocada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo é debater assuntos relacionados à falta de insumos e medicamentos, fila de espera por cirurgias, superlotação, número e complexidade adequados de leitos de retaguarda em ortopedia/traumatologia, vascular, neurologia, doenças crônicas e clínica, entre outros, que já são alvo de inquérito civis e procedimentos administrativos nas Promotorias de Justiça.

Foram convocados para a audiência pública na condição de expositores, a secretária Estadual de Saúde de Pernambuco, a secretária de Administração de Pernambuco, o diretor do Hospital da Restauração, a diretora do Hospital Barão de Lucena, o diretor do Hospital Otávio de Freitas, a diretora do Hospital Getúlio Vargas e a diretora Hospital Agamenon Magalhães.

Também convidados a participarem o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE), Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (COREN), Conselho Estadual de Saúde (CES), Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (SATENPE), Defensoria Pública do Estado de Pernambuco e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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