Desfile de 7 de setembro custará R$ 829 mil
O desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios é o maior e mais representativo ato cívico do país. A data comemora a Independência da República em 1822, quando acabou o domínio português sob o Brasil e ocorreu a conquista da autonomia política brasileira. O evento deste ano, que contará com público estimado de 50 mil pessoas, deve onerar os cofres públicos em R$ 829 mil, conforme nota de empenho emitida em agosto.
A cifra, contudo, representa apenas 36,2% do que era estimado à época da publicação do edital de licitação, por volta de R$ 2,3 milhões. A quantia a ser gasta em 2013 é maior do que os custos do ano passado, quando R$ 800 mil foram reservados para o evento. Já em 2011, a festividade consumiu R$ 900 mil. Em 2010, R$ 1 milhão foi desembolsado para o ato cívico. Em anos anteriores, as quantias foram de R$ 1,2 milhão (2009), R$ 1,6 milhão (2008) e R$ 2,2 milhões (2007), em valores correntes.
A festividade é de responsabilidade da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) que, por meio de pregão eletrônico, contratou a empresa “Sisters Promoções & Eventos Ltda” para coordenar a montagem das estruturas imprescindíveis ao desfile: tribunas de honra (onde ficarão as autoridades políticas), arquibancadas, banheiros químicos, grades de proteção, etc.
O evento contará com cinco tribunas de honra, espécies de camarotes que comportarão até 1.100 pessoas sentadas. O restante do público poderá acompanhar as comemorações das arquibancadas espalhadas pela Esplanada dos Ministérios, que terão capacidade para 22 mil pessoas. Haverá ainda quatro tablados para a acomodação de pessoas com deficiência, com capacidade para 200 pessoas.
Para nada dar errado durante o dia, o contrato prevê a instalação de dois sistemas geradores de energia e serviço de sonorização para o percurso do desfile, de 2000 metros lineares. A festa também poderá ser acompanhada por três telões que serão instalados no local.
Serão instaladas 21 unidades de banheiro químico unissex, com vaso, pia, espelho, porta gel e porta toalha com papel, 20 banheiros para pessoas com deficiência, 100 banheiros químicos masculinos e 120 femininos.
Para algumas autoridades que devem assistir o desfile das tribunas, haverá um serviço de coffee break para 200 pessoas, com salgados, bolos, folhados, biscoitos e frutas fatiadas, café, água, sucos naturais e refrigerante.
Para que o desfile possa ser transmitido para a imprensa será montado uma palanque com capacidade para 150 pessoas, construído em dois níveis. O espaço contará com oito praticáveis para TV, 30 torres para instalar delay de sonorização, duas torres de controle e cabine de locução.
Este ano, o desfile terá início às 9h10 e será menor, com cerca de uma hora e dez minutos. De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o evento estava “cansativo”, por causa do clima quente e seco da capital federal nesta época. A medida também diminuirá o tempo de exposição das autoridades no evento, que deve ser marcado por diversos protestos, que já estão programados para a data nas redes sociais.
A tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça não vai ocorrer este ano. O Palácio do Planalto informou que o motivo é a troca de aeronaves. Os antigos T27, conhecidos como Tucanos, foram substituídos por um modelo mais moderno e pesado, os Super Tucanos. Dessa forma, os pilotos deverão passar por um período de treinamento. No dia 12 de agosto, um piloto e um copiloto da Força Aérea Brasileira (FAB) morreram durante uma missão a bordo de um Super Tucano A-29, em Pirassununga, São Paulo. (Dyelle Menezes e Marina Dutra/Contas Abertas)