Dezenas de famílias correm risco por consumir água contaminada em Sento Sé

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Da Redação

Como se não bastasse os descasos provocados pela administração Ednaldo Barros (PSDB), mais outro problema grave coloca em risco a vida de dezenas de famílias naquele município. O Povoado de Riacho do Paes, localizado no município de Sento Sé/BA, volta a viver o drama da falta de água potável, sendo obrigada a consumir água contaminada e podre. De acordo com o morador, Edson William Castro, a população está consumindo uma água verde, com mau cheiro e gosto horrível.

“Nem cloro que seria o mínimo a ser feito não é adicionado à água que chega as nossas torneiras. O cheiro da água podre é tão forte que chega a incomodar em todo o povoado, quem pode pagar, compra água das fontes naturais aqui da região, cerca de R$ 25,00 por tambor de 200 litros, só que nem todos têm condições de comprar água, pois, o povoado é muito carente, são obrigados a consumir a água podre. É duro saber que as autoridades competentes conhecem a nossa situação e não tomam nenhuma providência para resolvê-la, acometendo a população em geral ao risco de contrair doenças presente na água sem tratamento”.

Segundo ele, as obras referentes ao tratamento da água começaram perto do período eleitoral dos cargos estaduais e federais, tempo necessário para iludir o povo. “Só serviços topográficos foram feitos vários, colocaram encanamentos e depois esqueceram, agora levantaram um reservatório e instalaram os hidrômetros, já se passaram três meses, somando já são mais de três anos que começaram uma obra simples como essa, ano que vem teremos eleições novamente provavelmente irão retomar as obras de novo, é sempre assim, mas tratamento e água boa na torneira nem pensar. Só que todo mês pagamos uma tarifa pela água imprópria ao consumo e ninguém nem se importa”, desabafa.

Revoltado com a situação, ele solicita a presença da Diretoria Estadual de Saúde (Dires) e da Vigilância Sanitária, para verificar a qualidade da água fornecida pelo SAAE a população de Riacho do Paes. “Já foi realizada uma vez a analise da água e foi comprovada que é imprópria ao consumo humano. Todas as secretarias do município têm consciência do caso, da Saúde, Meio Ambiente e até os responsáveis pelos poços artesianos que alegam falta de combustível para deslocar um carro até o povoado que fica a 18 km da sede do município”.

Para Edson, a única medida a ser toma imediatamente para amenizar a situação da população é a restauração do poço artesiano. “Desde fevereiro os responsáveis pelos poços dizem que já estão com o material necessário para o conserto do poço, o que podemos ver é a falta de vontade de solucionar o problema e de consideração para com a população que sofre e pena pela falta de ações do poder público. Fica difícil até cobrar por iniciativas a fim de melhorar a qualidade da água e conseqüentemente de vida da nossa população já que as tais autoridades não são presentes no município”.

A reportagem do Ação Popular tentou entrar em contato com o gestor e foi informado que o mesmo se encontrava em sua residência em Salvador.

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