A Folha de S.Paulo dedica manchete às críticas feitas pela presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (22), nos EUA, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que se posicionaram contra o uso do termo “golpe” para definir o processo de impeachment contra ela.

Brasília- DF 10-03-2016 Senador Aécio Neves durante entrevista no salão Azul do senado.Foto Lula Marques/Agência PT

Dilma não citou nomes, mas reprovou os ministros que se manifestaram sobre a votação de domingo (17) na Câmara, como Celso de Mello, Gilmar Mendes e José Antônio Dias Toffoli. A presidente afirma que eles não deveriam emitir opinião, pois terão que se manifestar sobre recurso à Corte. “Dilma repreende ministros do STF críticos à tese do golpe”.

Após deixar o púlpito do plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), onde fez um discurso moderado, Dilma voltou a atacar a tentativa da oposição de afastá-la do cargo e disse que avalia pedir a aplicação da cláusula democrática do Mercosul e da Unasul ao Brasil. Segundo o Estadão, Os dispositivos podem levar à suspensão de integrantes dos blocos, como ocorreu com o Paraguai, em 2012. A manchete do jornal é: “Dilma pedirá ao Mercosul e à Unasul que avaliem ‘golpe em curso’ no Brasil”.

O Globo destaca as dificuldades que um eventual governo Michel Temer terá para montar um Ministério. Um dos obstáculos é o PSDB. O jornal afirma que o partido deverá, em reunião na próxima terça (26), estabelecer punição para quem assumir qualquer cargo, se o vice de fato se tornar presidente. “PSDB ameaça ficar fora de coalizão e complica Temer”.

Segundo o jornal, o grupo de Temer corre contra o tempo para dar sinais positivos ao mercado financeiro. Até agora, nomes como Arminio Fraga e Marcos Lisboa, para a Fazenda, e Ayres Britto e Nelson Jobim, para a Justiça — cotados como preferidos do vice —, sinalizaram que não participarão. Em entrevista ao “The New York Times”, Temer tentou criticar a presidente afirmando que “ela não se considerava [sua] amiga.”

O STF autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), do deputado Felipe Maia (DEM-RN), seu filho, e de mais 14 pessoas em inquérito que investiga um “complexo” esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. A decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, que atendeu a pedido do Ministério Público.

Estadão diz que um laudo da Polícia Federal apontou que a empreiteira Andrade Gutierrez fez pagamentos para uma empresa de fachada, que pertence a um suspeito de operar pagamentos de propina, dentro de contas contábeis de contratos da construtora com o governo de São Paulo, como o Rodoanel e o Metrô.