‘Dilma perde, mas tem os votos para salvar-se’

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O jornalista Clóvis Rossi disse que “é claro que a vitória da chapa alternativa (leia-se oposicionista) é uma derrota para o governo, mas está longe de sinalizar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff se tornou mais provável”; ele diz que “se se tomar a votação como “trailer” da tendência pró e contra o impeachment na Câmara, tem-se que 199 deputados são contra o afastamento da presidente”; a oposição teve 272 votos e precisaria de mais 70 para afastar Dilma no plenário.

Em texto publicado no site da Folha nesta terça-feira (8), o jornalista Clóvis Rossi disse que “é claro que a vitória da chapa alternativa (leia-se oposicionista) é uma derrota para o governo, mas está longe de sinalizar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff se tornou mais provável”.

“Se se tomar a votação como “trailer” da tendência pró e contra o impeachment na Câmara dos Deputados, tem-se que 199 deputados são contra o afastamento da presidente. A oposição teve 272 votos e precisaria de mais 70 para afastar Dilma. Não é, em todo o caso, uma folga tranquilizadora para a presidente, ainda mais que, sempre considerando-se o “trailer”, a comissão terá maioria para aprovar a continuidade do processo. Significa que a presidente continuará sangrando em praça pública até que se veja o filme de verdade, não apenas um “trailer”. O pior é que o sangramento se dá em um cenário horrível para a política brasileira, que já não é exatamente um bom exemplo para crianças (nem para maiores, aliás)”, pondera.

Ele diz que “tem-se que Dilma pode até livrar-se do impeachment se os 199 votos governistas desta terça-feira, 8, se repetirem na hora da verdade”. Mas ressalva que “o apoio de 200 parlamentares, poucos mais ou menos, em uma Casa de 513 é muito pouco para governar, em qualquer circunstância, e nada no meio da baita crise em que o país afundou”.

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