A base governista da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) conseguiu aprovar, sem dificuldades, a Proposta de Emenda á Constituição (PEC) dos Royalties na noite desta terça-feira (11). Entretanto, engana-se quem acha que a oposição se sente derrotada. No início do ano, os parlamentares oposicionistas conseguiram rejeitar a proposta, mas desta vez, a estratégia não foi suficiente.

A proposta que deverá cobrir o rombo da previdência – cerca de R$ 1,6 bilhão – foi questionada pelo líder da oposição, Elmar Nascimento (DEM), que acredita não beneficiar a nenhum cidadão baiano. De acordo com o democrata, os recursos dos royalties serão direcionados unicamente para a campanha do candidato governista, Rui Costa. “E ainda vai cobrir o rombo de dívidas do partido”, completou.

Sandro Régis (DEM) também compartilha da mesma opinião do correligionário e criticou o posicionamento do governo diante das dificuldades financeiras. Régis ainda questionou o direcionamento dos empréstimos solicitados pelo governo, que chegam a R$ 400 bilhões. “Onde o governo aplicou todo esse dinheiro? É um atestado de incompetência. Esse é o caminho da falência do estado. É dinheiro para financiar campanha às custas do povo baiano”, reforçou o democrata.

Na próxima terça-feira (18) entra na pauta de votação o projeto de antecipação dos recursos. Segundo o líder da oposição a estratégia será a mesma: obstruir as sessões para mostrar a incoerência do governo Wagner.

Nascimento não reconhece como derrota a aprovação da PEC, pois para ele, o mínimo de articulação já seria possível a aprovação , o que teria faltado para a liderança do governo nas primeiras votações da proposta. A bancada governista possui 47 deputados contra 17 da oposição. Na noite de terça, 42 votaram a favor e 7 contra.