Diocese responde a Damião Medrado e diz que estranha pedido de CPI

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Da Redação

Em relação ao imbróglio em torno da questão fundiária de Juazeiro, onde vereadores e população questionam algumas vendas e posse de terrenos, envolvendo principalmente a Diocese e o executivo municipal. O advogado Carlos Liso, contratado pela Diocese, esclareceu alguns pontos, principalmente, em relação ao terreno vendido no Bairro Pedro Raimundo, que está impulsionando a instauração de uma CPI na Câmara de Vereadores, a respeito dos terrenos da Diocese.

Carlos Liso ressalta que sua empresa, contratada pela Diocese para regularizar toda a questão fundiária em sua propriedade, ou seja, grande parte do município de Juazeiro, trabalha há 28 anos nessa área e que é uma empresa de São Paulo, como se sua localização geográfica a abonasse de alguma maneira.

O contratado pela Diocese defendeu a instituição e fez questão de acrescentar que a mesma está fazendo um grande bem ao município que não vem sendo reconhecida por isso. “Acho estranho esse pedido de CPI. Primeiro que a Diocese é uma entidade privada e está zelando pelo bom andamento da cidade. Estamos vendo com certa tristeza os depoimentos que estão sendo feitos por parte de um vereador (Damião Medrado) onde informa que a Diocese estaria vendendo área pública. Essa declaração é preocupante, ele quer dizer, então, que a Diocese comete estelionato”.

O clima é tenso. O vereador Damião Medrado (PSD) convocou seus pares e diz que já conseguiu 12 assinaturas para a implantação da CPI para investigar a venda de terreno por parte da Diocese.

A respeito do terreno no Pedro Raimundo, Carlos Liso disse: “Mais uma vez trago documentos que comprovam e o nobre vereador sabe: Essa área é particular. As áreas verdes estão preservadas, não teve por parte da prefeitura nenhuma restrição. No cartório de registro de imóveis foi retirada a escritura. Essa área não é pública essa área era da Diocese, propriedade da Diocese, que vendeu a um empreendedor. Esse empreendedor aprovou essa área, junto à prefeitura, que lhe deu a certidão, ele registrou no cartório e é dele, do Pastor Hugo”.

Carlos conta que está em Juazeiro há dois anos, contratado pela Diocese, e vai ficar por pelos menos mais três, realizando aquilo que ele disse ser um divisor de águas em Juazeiro. “Nosso trabalho é de regularizar a questão fundiária na cidade de Juazeiro em todas as propriedades da Diocese. A intenção final é que todos os proprietários de Juazeiro tenham a sua escritura. Estranho o comportamento das pessoas aqui do município. Esse trabalho, desenvolvido pelo Bispo Jose Geraldo da Cruz, trás infelicidade, tristeza o que deveria ser o contrário. Vamos resolver problemas de titularidade e isso representa qualidade para a cidade, esperávamos apoio da Câmara nisso”.

Ele diz ainda que 67% das áreas da Diocese estão invadidas ou foram compradas de grileiros. “Vamos buscar esses moradores para regularizar essa situação. Esse é o maior projeto de regularização fundiária do Nordeste. Estamos fazendo isso, o que é um trabalho caro, à custa da Diocese, em parceria com a Prefeitura Municipal de Juazeiro”, finalizou.

 

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