Mais de R$ 200 mil foram gastos pela diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka, com o cartão corporativo do local. O período envolvido é desde 2015, quando ela assumiu o cargo. Passagens, material de consumo e serviços de terceiros foram algumas das atividades executadas por ela com a quantia, segundo o portal Metrópoles.

Por outro lado, não há informação sobre os destinatários dos pagamentos, no Portal de Transparência. O Senado iniciou a publicação das notas fiscais no site a partir deste ano. Conforme o regimento interno da Casa, o uso deve ser restrito a “situações nas quais não seja possível ou recomendável submeter a aquisição ao processo de licitação”.

Além disso, os cartões devem ser empregados em despesas eventuais, sob caráter sigiloso ou de pequeno vulto. De modo geral, o valor chegou a R$ 209,9 mil. Durante alguns anos, a diretora gastou quantia mais elevada do que em outros. No ano de 2017 foram R$ 85 mil, enquanto em 2018, R$ 62 mil.

Há cerca de cinco anos, o Senado realizou uma auditoria interna sobre o uso do cartão por servidores e revelou várias irregularidades. A diretora possuía um dos gastos mais altos da Casa. No ano de 2019, a aplicação de Trombka caiu para R$ 6,4 mil. Após dois anos, a diretora gastou R$ 34,3 mil.

Por fim, no ano passado e neste ano, os gastos foram superiores a R$ 4 mil no ano todo. Ainda conforme a publicação, o Senado alegou que os servidores são obrigados a prestar contas dos gastos, porém não comunicou quais foram os fornecedores pagos com o cartão controlado pela diretora.