Discussão sobre a reabertura das contas do Flu de 2016 segue sem solução e pode parar na Justiça comum

Pedro Abad, presidente do Fluminense
Pedro Abad, presidente do Fluminense Foto: Mailson Santana / Fluminense
Rafael Oliveira

A turbulência política do Fluminense tem feito o clube se tornar notícia por fatores que nada tem a ver com o que se passa dentro das quatro linhas. No início do ano, uma reunião na sede das Laranjeiras foi invadida por torcedores, o que levou a polícia a ser acionada. Há nove dias, uma briga entre dois conselheiros foi parar na delegacia. Agora, as divergências internas podem virar alvo de uma ação na Justiça comum.

O motivo para este imbróglio é a votação das finanças do ano passado, o que deveria ter ocorrido na última semana. O problema é que, após a identificação de uma série de irregularidades, o balanço de 2016 precisou ser refeito. Com isso, abriu-se um debate sobre a necessidade de se deliberar novamente estas contas antes de se debruçar sobre 2017.

A situação, formada por membros dos grupos Flusócio (do presidente Pedro Abad) e Esportes Olímpicos, não entende desta maneira. E, em votação apertada, conseguiu aprovar no Conselho Deliberativo que as contas do ano passado fossem avaliadas antes. A partir daí, teve início toda uma discussão, que terminou com agressão física e a suspensão da reunião, ainda sem nova data para continuar.

A oposição, por sua vez, entende que não votar 2016 antes foge do que consideram como boa prática jurídica e já estuda pedir a interferência da Justiça comum. Uma ideia que ganha força entre os conselheiros tricolores.

Entre as irregularidades encontradas e que são usadas para justificar a revisão das contas de 2016 estão a antecipação das luvas pagas ao clube pelo televisionamento do Campeonato Brasileiro de 2019 a 2024 e, principalmente, a alteração do resultado final (mudou de um superávit de R$ 8 milhões para um déficit de R$ 13 milhões). Os reajustes levaram o clube a atrasar a divulgação do balanço deste ano, o que fere uma das exigências da Lei Pelé.

A discussão ocorre num momento de desgaste de Pedro Abad. No início do mês, um conselho foi formado para avaliar requerimento que pede o impeachment do mandatário. A reunião que votará seu prosseguimento ainda não foi marcada.

Sornoza treina normalmente e pode jogar

Ao que tudo indica, o meia Sornoza deve reforçar o time do Fluminense no domingo, diante do Atlético-MG, no Nilton Santos. Após defender a seleção do Equador nos amistosos contra Qatar e Omã, ele se reapresentou nesta quinta-feira no CT e já trabalhou com os demais companheiros normalmente.

Na última vez em que o equatoriano havia se ausentado em razão dos compromissos com a seleção, o técnico Marcelo Oliveira optou por poupar o jogador e deixá-lo no banco no compromisso seguinte, contra o Atlético-PR. O resultado acabou sendo ruim para o Fluminense, que perdeu por 3 a 1.

— Vai melhorar a nossa posse de bola. Ele articula mais o jogo, cria as jogadas na frente. É o cara do último passe — avaliou o atacante Everaldo.

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