Disputa eleitoral em Santa Inês se mistura a denúncias de assédio, perseguição política e até demissões

 

Santa Inês, cidade do Vale do Jiquiriçá, vive uma disputa eleitoral cercada de receios. A corrida está concentrada em apenas dois candidatos: Sandro Silva (PT), que tem o apoio do prefeito Emerson Elói (PT), contra Juliana Neta (Agir), nome da oposição que faz uma campanha mais orgânica e popular.

Mas o embate eleitoral em si ficou em segundo plano depois que começaram a viralizar nas redes sociais vídeos de servidores da Prefeitura anunciando que sofreram assédios e que foram demitidos por motivações políticas.

“Gente, bom dia. Acabei de ser demitido pela Prefeitura de Santa Inês em pleno campanha política, por causa de política me demitiram. Não basta só as humilhações que sofremos dentro dessa Prefeitura, os trabalhadores. Santa Inês está virando uma terra de ditadura”, relata um servidor de prenome Paulo.

“Temos que dar um basta nisso imediatamente, porque tem um coronel dentro da Prefeitura de Santa Inês que está acabando. Não adianta ter praça bonita e tratar as pessoas como se fosse um cachorro. Hoje eu estou sendo demitido, fui demitido por causa de política”, continua, em tom de protesto.

Outra mulher, que se apresenta como Naide de Jesus nas redes sociais, diz ter sido demitida da prefeitura depois de ter participado de um evento político da candidata de oposição, Juliana Neta.

“Eu trabalhei oito anos na prefeitura, lavando banheiro, varrendo rua e sendo humilhada”.

Em outro trecho do depoimento, ela diz que recebeu apenas R$ 200 que seria uma espécie de pagamento da rescisão do tempo de serviço.

Desde a última semana, vídeos assim se multiplicam nas redes sociais, fazendo ampliar a mensagem de mudança que prega a campanha de Juliana Neta.

Sem muitos recursos, ela aposta no apelo popular “Agora é a vez da menina” e no prestígio que tem na cidade, sobretudo depois de ter se destacado como secretária de Desenvolvimento Social do atual prefeito.

Agora, em lados opostos, ela enfrenta Sandro Silva, que era secretário de Administração e braço direito do prefeito Emerson. Como dizem fontes na cidade, “é a campanha do tostão contra o milhão”.

Política Livre não conseguiu contato com o prefeito Emerson Elói. O espaço segue aberto.

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