Distribuição justa de royalties na pauta da CNM

Municípios: o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, cobrou, ontem, do Tribunal de Contas da União, uma definição que atende aos municípios na distribuição de royalties do petróleo.

Municípios: Ziulkoski fez cobrança – Foto: Agência Brasil/EBC/Divulgação
O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, cobrou, ontem, do Tribunal de Contas da União, uma definição que atende aos municípios na distribuição de royalties do petróleo. Ele quer respeito à regulamentação aprovada pelo Congresso na Lei 12.734/2012 e pede que o relatório sugira um cronograma de debate em busca de acordo para a questão.

“Se passaram 11 anos, com uma liminar que não é julgada no STF. Enquanto isso, permanece uma distorção absurda. Por exemplo, um único Município do Rio de Janeiro está ganhando mais de R$ 2 bilhões em royalties e isso não é justo”, disse. Aos ministros do TCU, Ziulkoski explicou que diante do tempo em que a questão se arrasta e da legitimidade da lei aprovada pelo Congresso Nacional, não há espaço para retomar o debate do zero.

A entidade, segundo ele, atua firmemente para que o relatório da corte não indique a criação de uma nova legislação. “Isso seria impor um enorme retrocesso, somado ainda às perdas desses 11 anos”, alertou. Por isso, a proposta defendida é sugerir um cronograma viável de debates no Centro de Soluções Alternativas de Litígios do STF para se concretizar um acordo.

Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo são os Estados contrários à legislação e beneficiados pela liminar. Com as novas regras estabelecidas pela Lei 12.734/2012 suspensas por força de liminar monocrática concedida pela ministra do STF Cármen Lúcia em 2013, a realidade hoje é que apenas 30 Municípios brasileiros concentram 70% de todos os royalties e participações especiais distribuídas pela União.

“Esse é um bem que é de todos os brasileiros. Algo que está no nosso oceano, a muitos quilômetros da costa”, pontuou o presidente da CNM, lembrando que a legislação aprovada previa um período de transição e diferencia os municípios produtores e confrontantes dos demais.

Segundo dados da Confederação, a matéria travada no Supremo impediu o compartilhamento de R$ 93 bilhões, entre 2013 e 2023. A proposta da CNM entregue ao relator contém extenso levantamento e argumentos embasados pela equipe técnica da entidade municipalista. O material será oficialmente protocolado no processo da auditoria.

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