“Doença do pênis torto” atinge cerca de 3% dos brasileiros
Uma das principais preocupações masculinas relatadas no consultório médico, o formato do pênis costuma levantar diversas dúvidas. Muitos homens se perguntam se a curvatura peniana é normal ou caracteriza uma alteração que necessita de acompanhamento médico. Cerca de 3% dos homens no Brasil têm a doença de Peyronie, popularmente conhecida como a ‘doença do pênis torto’. O que poucos pacientes sabem é que, ao contrário do propagado, essa condição tem tratamento. O assunto será tema de palestra gratuita na próxima terça-feira (28), a partir das 19h, na Boa Vista, área central do Recife.
Quem comandará o encontro científico é o andrologista preceptor do Programa de Residência Médica em Urologia no Hospital Getúlio Vargas Járy Borges, da Andros Recife. A palestra – voltada principalmente para estudantes da área de saúde, residentes e urologistas – é aberta ao público. O encontro será realizado em parceria com o laboratório Vicofarma.
A doença
A principal causa da doença de Peyronie é o traumatismo causado no pênis durante o ato sexual. Essa lesão pode culminar com o aparecimento de uma placa endurecida, às vezes calcificada e dolorosa. Essa placa restringe a dilatação do corpo cavernoso durante a ereção, provocando uma curvatura, que pode por vezes dificultar ou até mesmo impedir o ato sexual. A doença não é contagiosa e não tem relação com qualquer tipo de câncer. O diagnóstico é confirmado através de um simples exame clínico e de imagem.
Nas fases iniciais pode ser tratada clinicamente com medicações orais e injetáveis. Nos casos onde permanece curvatura residual acentuada, o tratamento cirúrgico pode ser empregado, com intuito de corrigir a curvatura até uma angulação permitindo ao paciente manter um ato sexual adequado.