Segundo José Ramos da Silva, de 50 anos, trabalha no quiosque 6 há quase quatro anos, a proprietária do ponto ficou sabendo do arrombamento, por volta das 2h, quando um segurança de um hotel que fica próximo ao local entrou em contato com ela.
O homem ouviu o alarme do comércio ser acionado, durante a ação. Ele informou a proprietária que um homem teria tentado invadir o ponto, mas, por causa do sinal sonoro, fugiu em direção ao mar.
“Só não conseguiram entrar aqui por causa das grades, instaladas em janeiro de 2023, mas quebraram a porta ao meio. Durante o dia, aqui é tranquilo, mas à noite, é muito perigoso. Todos os dias temos o risco de encontrar tudo aqui arrombado”, comentou ele.
O local não possui câmeras de segurança, apenas o alarme. Os comerciantes e proprietários contam com informações de moradores próximos.
O quiosque vizinho, 7, também foi arrombado, na madrugada da última segunda-feira (29). Populares informaram ao vendedor, Rafael Soares, de 35 anos, que três pessoas teriam furtado itens do ponto comercial. O prejuízo chega a R$ 2 mil.
“O local está funcionando de forma limitada, vendendo apenas água de coco, pipoca, salgadinho e guloseimas. Tem sido difícil para nós, cidadãos. Levaram tudo. Meu primo [proprietário do quiosque] e eu lutamos aqui, todos os dias, para levarmos o pão diário para casa, enquanto não temos segurança aqui”, relata.
Os ladrões roubaram aparelhos de televisão e cafeteria, além de cervejas e até mesmo talheres. O local não possui grades. Elas serão colocadas nos próximos dias, a fim de evitar danos ainda maiores ao local.
“Compramos alguns cocos para vendermos e tentarmos repôr o prejuízo e reconquistar nosso sustento. É muito difícil. Toda semana estão atacando aqui em Boa Viagem”, informa.
Josi Miranda, presidente da Associação dos Barraqueiros de Coco do Recife (ABCR), lamenta os ocorridos e pede segurança para a orla.
“Assim fica difícil de trabalharmos sem policiamento, na Avenida Boa Viagem. Já não temos policiamento e nem turista, fica difícil. É triste para quem arca com as consequências. O Governo de Pernambuco está omisso. Cadê o ‘Juntos Pela Segurança?’, questiona ela.
O que diz a PCPE?
A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Pernambuco, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.