Doria espera derrota de Lula nas urnas em 2018 para ver o fim do ‘mito’

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Em entrevista ao Jornal do Commercio deste domingo (3), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), rival declarado do ex-presidente Lula (PT), afirmou esperar que o petista seja candidato nas eleições de 2018 para ver sua derrota e o fim da “fase do mito” através da democracia e pelo voto direto. O tucano é um dos nomes mais cotados para concorrer o pleito do ano que vem pelo seu partido PSDB. Já o DEM e o PMDB sinalizaram o interesse pela possibilidade de lançá-lo candidato ao Planalto.

Doria lembrou dos seis indiciamentos de Lula e que ele poderia estar preso preventivamente porque já foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro em um deles, a nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP), por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato. Porém, o tucano afirmou que mesmo com todos os processos, ele defende o “direito do ex-presidente Lula a ser candidato antes de ser condenado”.

“Mas eu espero que ele possa disputar as eleições o ano que vem e perder para que, pela democracia e pelo voto direto, nós possamos nos despedir de Lula, encerrar a fase do mito e que o Luiz Inácio possa responder criminalmente pelas falcatruas que fez e pelo assalto ao dinheiro público que promoveu no Brasil”, declarou o prefeito Doria.

Na entrevista, o prefeito da capital paulista voltou a atacar o ex-presidente e o Partido dos Trabalhadores (PT) dizendo que Lula é um mentiroso, que enganou o Brasil, os brasileiros e enganou até os seus companheiros. “Pergunte a Hélio Bicudo, que foi o fundador do PT, o que ele acha do Lula, qual a opinião dele sobre o Lula, sobre o PT e o petismo hoje”, disse.

“O PT quase destruiu o Brasil. Em 13 anos assaltaram os cofres públicos, fizeram um desastre econômico que resultou em 14 milhões de brasileiros desempregados, o maior assalto aos cofres da Petrobras, aos cofres públicos da história do País, a pior imagem internacional do Brasil, a pior avaliação de organismos internacionais sobre o Brasil, o maior índice de desconfiança em relação a um país, uma situação dramática na vida nacional, a pior inflação, o mais alto índice de recessão prolongado da história econômica do Brasil. Como é que pode um homem como esse dizer que quer voltar para salvar o Brasil? Salvar do quê? Só se for para salvar daquilo que ele fez, aquilo que ele produziu de mal ou para salvar os seus interesses em apoiar a Venezuela de Maduro, em apoiar os irmãos Castro em Cuba, ou a ditadura boliviana ou a ditadura equatoriana. Chega! O Brasil quer liberdade, o Brasil quer emprego. Os brasileiros, os pernambucanos querem emprego, querem crescimento econômico, o desenvolvimento do País, não o proselitismo e a mentira política de Lula e seus comparsas”, afirmou.

Ainda na entrevista, Doria disse que não se apresenta como candidato à Presidência da República e classificou que sua boa colocação nas pesquisas é fruto do seu trabalho na Prefeitura de São Paulo. “Fico muito feliz ao ser lembrado, ao ser inserido em pesquisas, sempre bem avaliado, afinal eu tenho apenas sete meses como prefeito de São Paulo. Não tenho vida partidária orgânica, não fui deputado, senador, governador, ministro, secretário. Portanto, a avaliação que se tem hoje da opinião pública é daquilo que eu tenho feito e produzido aqui em São Paulo”, contou.

Na última segunda-feira (7), João Doria recebeu o “convite” do presidente Temer para concorrer o pleito de 2018 pelo PMDB. No entanto, assessoria do Planalto negou o pedido. Já o DEM também sondou Doria sobre a disputa presidencial tendo no horizonte uma dobradinha entre ele e um quadro do partido em 2018. No limite, o DEM também está de portas abertas a Doria caso ele não consiga se candidatar a presidente pelo PSDB em 2018. Os nomes citados para compor a chapa são o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho.

Tucanos ligados ao prefeito avaliam que a chapa com um deles teria força no Nordeste. Em contrapartida, Doria apoiaria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa pelo governo do Rio, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) para governo de Goias.

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