Dorival lembrou que seguiu sua carreira influenciado pelo tio. Os dois começaram a carreira na Ferroviária de Araraquara e foram parar na seleção. Dudu como jogador. Já o sobrinho, como técnico.

– Dudu para mim foi uma referência. Não só como atleta profissional, como treinador logo depois. Mas, acima de tudo e principalmente, como ser humano. Sempre foi uma pessoa que se preocupou com todos a sua volta e muito pouco com ele próprio. Sempre foi uma referência na minha vida, um exemplo para mim. Eu sempre procurei seguir os passos orientados muito por ele. Um cara que vestiu três camisas na vida: da Ferroviária de Araraquara, do Palmeiras e da seleção – disse Dorival, que em seguida começou a chorar ao mesmo tempo em que falava:

– Para mim representa muito, por que além da bela história que teve, (foi) um ser humano que eu talvez não tenha conhecido igual. Um segundo pai para mim, uma pessoa que praticamente me orientou em todos os momentos da minha vida, já que me dispus a seguir a mesma profissão que ele. Tenho certeza que será muito bem recebido pela pessoa que era, fará uma passagem muito tranquila de plano. É uma pessoa altamente espiritualizada e a última vez que eu estive com ele, uns 20, 30 dias atrás, eu já percebi que talvez fosse a última vez – completou.

Olegário Tolói de Oliveira, o Dudu, morreu aos 84 anos de idade. Parceiro de Ademir da Guia, maior jogador da história do Palmeiras, o ex-volante foi campeão no clube como atleta e técnico. Vítima de uma infecção abdominal, ele estava internado há cerca de um mês, após ter sofrido uma fissura na bacia. Sua morte foi confirmada pelo alviverde enquanto Dorival comandava o Brasil contra o Paraguai.