Duas visões sobre a crise financeira

O governador recomendou aos seus auxiliares que não deem “intimidade” a problemas e que procurem “fazer mais com menos”

O governador Paulo Câmara reuniu auxiliares na última sexta-feira para apresentar o Mapa Estratégico de Pernambuco para o triênio 2016-2018. O Mapa é composto por 12 objetivos, definidos a partir das conclusões do seminário “Todos por Pernambuco”. Todos ali tinham conhecimento da grave crise fiscal em que o Estado se encontra. Mas o discurso do governador seguiu em outra direção. Valendo-se de frases de efeito que costumavam ser ditas pelo seu antecessor, Eduardo Campos, recomendou aos auxiliares “fazer mais com menos”, “não dar intimidade a problemas”, tirar a palavra “crise” do dicionário e “trabalhar pelos que mais precisam”. Do ponto de vista da retórica, nada a reparar. Mas um discurso mais realista talvez fosse melhor para levantar o moral da tropa. Nesse mesmo dia, com uma visão mais realista dos problemas, o prefeito Geraldo Júlio reuniu seus secretários e recomendou-lhes corte de gastos.

Por Inaldo Sampaio

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