A série histórica mostra uma tendência de aumento no número de diagnósticos de câncer ano após ano. Entre 2017 e 2018, por exemplo, o aumento foi de 48%. No entanto, na comparação entre 2019 – ano sem pandemia – e 2022 (com mais de 180 milhões de pessoas imunizadas com a 1ª dose), houve uma redução de 1,91% nos diagnósticos de câncer.
Em 2020 o número de casos diagnosticados caiu 8,8% e voltou a subir (7,5%) no ano seguinte. A oncologista Ignez Braghiroli, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), relaciona esse movimento aos efeitos da pandemia. “A pandemia causou atraso de exames, dificuldade de acesso a consultórios e as pessoas ficaram sem ir ao médico. [Depois], voltaram a fazer seus exames e começou a ter diagnóstico”, aponta.
A oncologista reforça que não existe relação entre vacinas e o câncer. “As vacinas não causam câncer. Pelo contrário, elas protegem: a de hepatite B protege contra câncer do fígado, a de HPV protege contra câncer do colo do útero”, explica a médica.
O Ministério da Saúde se posicionou sobre a circulação do conteúdo falso e fez um alerta nas redes sociais. “Todas as vacinas passam por rigorosos testes e análises antes de serem aplicadas na população e não há qualquer comprovação científica quanto ao risco de pessoas desenvolverem câncer por serem vacinadas”, diz a postagem.
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