É grande a rejeição de Dilma no Nordeste

Da Redação

É difícil encontrar um prefeito hoje, em Pernambuco e na Bahia, salvo os filiados ao PT, que seja entusiasta da reeleição de Dilma Rousseff. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) continua em queda e o governo nada faz para salvar os pequenos municípios, como Uauá, Curaçá, Canudos, Pilão Arcado, Campos Alegre de Lourdes, Sento Sé, Sobradinho, Remanso e outros localizados na Bahia. Em setembro, a queda do FPM foi de 20% em comparação ao mês agosto. No município de Uauá, o INSS sequestrou todo o repasse dos dias 10 e 20 de setembro, deixando o prefeito Olimpio Cardoso (PDT) desesperado e sem condições de pagar a folha de funcionários e fornecedores.

Para tentar conter a revolta dos prefeitos, o Governo Federal vem oferecendo o ‘socorro’, está distribuindo tratadores para arar ‘pedra’. Os municípios pernambucanos de Ouricuri, Trindade, Bodocó, Araripina, Afrânio, Dormentes, dentre tantos outros municípios sertanejos estão sofrendo na pele com a forte estiagem.

Além dessa ajuda, o Governo ainda vende o milho subsidiado aos agricultores, que mesmo com valor abaixo do mercado, não tem condições de comprar, resultado do endividamento. Agricultores contam que seus cartões já estão empenhados junto a comerciante sem coração. A situação piora quando a compra do produto na CONAB chega com atraso, e com um décimo da quantidade ideal para cada agricultor.

A reportagem do Ação Popular tem circulado em vários municípios do sertão do São Francisco, do Araripe e no Raso da Catarina e tem visto de perto que nenhum prefeito está determinado à votar mais uma vez em Dilma Rousseff ou em outro candidato do PT.

A revolta dos gestores é grande, e muitos estão rejeitando convênios com o Ministério da Saúde para a construção de unidades de saúde, por não ter como manter. Outros estão determinados a entregar as chaves das prefeituras ao INSS, porque não tem como pagar dívidas de antecessores desonestos que saíram impunes, e ainda tentam retornar às prefeituras nas próximas eleições com o apoio do PT.

Mas a campanha política eleitoral ‘chapa branca’ não para. A campanha vai mais além com a continuidade da distribuição de cisternas; promessas de limpeza de barragens, de aguadas e instalações de poços artesianos; aumento do Bolsa Família; distribuição de casas através do programa Minha Casa, Minha Vida; manutenção do famoso carro pipa; e de muita propaganda com o dinheiro do contribuinte para auto promoção.