Eduardo Campos amplia debates nas redes sociais usando uma nova plataforma digital

Inspirado em uma reclamação do filho do governador Eduardo Campos, João Campos, de 19 anos, o Diretório Nacional do PSB aprovou projeto coordenado pelo deputado Márcio França (PSB-SP) com o objetivo de fazer frente à superestrutura montada nos últimos 12 anos pelo governo federal e pelo PT nas redes sociais.

Nos próximos dez dias começa a implantação de uma plataforma digital que vai dar aos cerca de 500 mil filiados à legenda direito de voto em questões relevantes do Congresso Nacional, assembleias e câmaras de vereadores. Se 10% dos filiados cadastrados chamados a se posicionar decidirem um tema, isso implicará em fechamento de questão nas bancadas.

Cada filiado que aderir ao programa terá uma senha com chave de segurança contra fraudes. Antes de votar, por exemplo, em matérias como o Mais Médicos, ele terá acesso a um vídeo com encaminhamento a favor e contra.

“É um aplicativo revolucionário, nenhum partido usa esse tipo de formulação. Foi desenvolvido por uma empresa, a partir de uma cobrança do João. Numa reunião em que discutíamos como aumentar a presença nas redes, ele disse: “Vocês ficam falando que os jovens precisam participar. Mas, olhando para vocês, concluo que para o jovem participar e decidir, é preciso ficar velho”, conta Márcio França, que recebeu de Campos a incumbência de coordenar o projeto.

Os socialistas sabem que não tem como fazer frente ao exército de blogs e soldados virtuais do PT. Por isso, a segunda parte do projeto de redes é a integração com os marineiros, que estão muito bem organizados. O plano é qualificar o debate em todas as mídias digitais – Twitter, Facebook e blogs -, com base na discussão de uma proposta de programa conjunto com a Rede.

“Nossa prioridade não é quantidade, é pluralidade e qualidade. Não adianta ter milhões de puxa-sacos se não conseguir conquistar gente de fora”, diz o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).

“Nessa plataforma, os simpatizantes serão chamados a opinar sobre programa da candidatura de Eduardo e Marina, e em temas relevantes em discussão nos Parlamentos. Às baixarias vamos reagir com propostas. Queremos qualificar o debate, jogar para a frente com propostas de país”, completou o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF).

Segundo Márcio França, os técnicos encarregados de montar o projeto do PSB já identificaram que 30% dos comentários e ataques políticos aos adversários são feitos pelas mesmas pessoas.

“São fakes, gente paga para fazer esse serviço. Isso não tem valia. Queremos participação espontânea na rede que estamos montando”, disse Márcio França.

Fonte: Agência O Globo

 

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