Eduardo Campos garante a candidatura de Lídice à sucessão de Jaques Wagner
Em entrevista a rádio Tudo FM, ele anunciou a vinda ao Estado, em companhia da idealizadora da Rede, a senadora Marina Silva, no mês de dezembro, em data que deve ser definida entre os dias 15 a 20 para discutir ideias, voltadas ao seu programa de governo. Dando sinais de que vai perseverar nos planos de chegar à presidência, Campos insinuou a abertura de alianças com outros partidos.
O governador pernambucano exaltou o nome de Lídice e frisou a possibilidade de sucesso. “A senadora Lídice da Mata é um nome reconhecido na Bahia e no Brasil pela sua seriedade, pela sua capacidade e compromisso com o povo. Nós estamos nesse instante discutindo com a nossa militância, com outros parceiros, não só em Salvador, na Região Metropolitana, mas também no interior baiano essa possibilidade que anima a nossa militância e o nosso partido. Eu tenho certeza que esse processo vai ter um grande êxito”.
Num suposto recado ao atual governo baiano, Campos disse que o PSB pretende apresentar um novo projeto para o Estado. “Na verdade o PSB tem total interesse de discutir um programa para aconstrução de um novo tempo na Bahia, um tempo em que nós possamos ao lado de outras forças políticas ajudar na melhoria da qualidade dos serviços públicos, sobretudo da segurança e da saúde”.
Dirigente sinaliza afastamento do governo
O político demonstrou naturalidade, em relação ao afastamento do PSB da base de sustentação do governo Wagner. Segundo ele, há estados em que o PSB governa e o PT participa da gestão. “É claro que na medida em que teremos candidaturas distintas – o PT na Bahia vai ter um candidato e nós vamos ter um candidato – nós efetivamente vamos deixar o governo muito a vontade e seguiremos o nosso caminho”.
Na conjuntura de conversações para as eleições, Eduardo Campos mostrou entusiasmo ao falar da ministra do STF, a baiana Eliana Calmon, convidada por diversas siglas partidárias a se candidatar no ano que vem. “As portas do PSB estão não só abertas, mas escancaradas para uma brasileira que honra as melhores tradições da vida republicana e pública deste País”. Segundo ele, Eliana mostrou no exercício da suas funções, “a capacidade extraordinária de lutar para renovar as instituições enfrentar os erros, procurar renovar o judiciário, aproximar a justiça do povo”. “Isso fez com o que o Brasil visse nessa baiana uma pessoa que defendeu com muita garra e determinação os valores que estão faltando na vida brasileira”, acrescentou.
O governador afirmou que a aliança com Marina Silva foi centrada nos pontos da retomada do desenvolvimento sustentável, a melhoria da democracia e a construção de uma nova política. “Essa aliança deixou muita gente com barba de molho, pois é a possibilidade de se ter um campo político renovador, de gente que vem de uma tradição de luta popular e que ajudou o Brasil a melhorar nos últimos anos, e que quer que o não se dê o debate de forma precária como houve em 2010”, criticou, citando o “debate entre o bem o mal”
Segundo ele, no dia 28 de novembro, ele e Marina irão apresentar o primeiro documento que vai “balizar” o seu programa de governo. Além disso, vão apresentar uma plataforma na internet que vai permitir as pessoas opinarem e mostrarem ideias. Campos reconheceu os avanços conquistados pelo Brasil, no período do PSDB com a estabilidade econômica e as políticas sociais da era Lula–PT, mas frisou haver sinais de que a polarização “não expressa mais o sentimento brasileiro”.
Fonte: Tribuna