Educador diz ser ‘perseguido pelo prefeito de Canudos por não comungar com erros’

Joanilson Maia

Thalita Bezerra – Ação Popular

O Coordenador Pedagógico da rede municipal do município de Canudos/Nordeste Baiano, Joanilson Maia da Silva, em entrevista exclusiva ao Jornal AP falou sobre a situação do município destacando a educação. “A educação em Canudos tem sofrido um certo descaso por parte do poder público municipal na atual gestão de Arcenio Almeida Gonçalves Neto (PRB), conhecido como Senoca”.

O coordenador diz que não existe nenhuma proposta e nem políticas públicas voltadas para a educação. “As escolas funcionam razoavelmente sem merenda e com alguns transportes escolares precários, mas essa medida só foi tomada por conta do Ministério público baixou essa decisão que para a nossa sorte é muito presente, se não tivesse essa medida não iríamos ter absolutamente nada. Durante essa gestão não foi feito nada no município”.

Ele conta que com muitas lutas e greves, os professores adquiriram recentemente o plano de carreira e salários. “Salários dos profissionais da educação nunca chegou a atrasar porque os nossos professores são muitos atuantes, mas o meu salário foi cortado por perseguição política no dia 7 de julho, o prefeito tentou me tirar do cargo de coordenador e não conseguiu, sendo assim ele subtraiu um valor de R$ 1.023,00”. Para Joanilson a atitude de Senoca se deu por conta que o mesmo decidiu não apoiar a sua candidatura.

“Moro a 38 anos em Canudos, são 15 anos dedicado a educação e eu acho que Senoca não merece mais 4 anos, mudei o meu ponto de vista e quero o melhor para Canudos. É comum acontecer perseguições políticas aqui e nós não queremos mais isso, outro caso que posso citar é do vigilante José Borrela que já foi transferido 12 vezes porque não acompanha o prefeito, queremos mudanças e um prefeito com a cabeça diferente, que não seja perseguidor e preconceituoso para com quem não comunga com as coisas erradas”, desabafa.

Insatisfeito com o trabalho da administração municipal, ele critica. “O slogan da sua campanha é ‘Para Canudos continuar crescendo’, agora crescendo como, o que mudou na cidade, quais são as obras, não existe nada disso aqui. Outras cidades só avançado, aqui em Canudos estagnou e só teve atraso, além disso, retrocedeu muito na saúde, educação, na área social, infra-estrutura, dentre outros. Aqui a pessoa não tiver coragem para peitar as coisas erradas, é obrigada a rezar na cartilha do chefe, caso contrário toma peia. Não queremos mais forasteiros aqui e vamos dar a resposta nas urnas no dia 7 de outubro”, concluiu.

A reportagem tentou em contato com a administração municipal e não conseguiu. Fica aqui o espaço aberto.

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