‘Ele escala o ministério, eu escalo a seleção’: o técnico do Brasil que peitou o presidente
Daniel Gallas
Um país altamente polarizado às vésperas de uma competição de futebol, um técnico da seleção brasileira com posicionamento político crítico ao governo, uma crise entre dirigentes desportivos e uma relação muito próxima entre o mundo do futebol e militares.
O cenário descrito acima é o Brasil de 1970 — quando a seleção brasileira era comandada pelo técnico João Saldanha (1917-1990) e o Brasil estava no auge do regime militar, sob a presidência de Emilio Garrastazu Médici (1905-1985).
A atual crise na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em meio a um conflito que envolve diversas partes — os jogadores da Seleção, o técnico Tite, os dirigentes da CBF e o presidente Jair Bolsonaro — sobre a realização da Copa América no Brasil trouxe à tona a memória de um dos episódios mais famosos da relação entre futebol e política no país, que culminou na demissão do treinador Saldanha (leia mais sobre a crise atual no fim desta reportagem).
Nas vésperas da Copa de 1970, a imprensa noticiava que Médici queria ver o jogador Dario, conhecido como Dadá Maravilha, na seleção. Saldanha respondeu, via imprensa, ao presidente: “Nem eu escalo ministério e nem o presidente escala time”. Duas semanas depois da declaração, ele foi demitido e substituído por Mário Lobo Zagallo.
‘Melhor time de todos os tempos’
Em março de 1970, o Brasil se preparava para embarcar para o México, onde disputaria — e acabaria conquistando — a Copa do Mundo daquele ano. O supertime de 1970, de jogadores como Pelé, Tostão e Rivelino, é até hoje lembrado como uma das maiores seleções (ou a maior, segundo muitas votações) de todos os tempos. Comandada por Zagallo, a seleção brasileira venceu todos os jogos que disputou na Copa de 1970 e goleou a Itália por 4 a 1 na final, disputada no Estádio Azteca, na Cidade do México, no dia 21 de junho de 1970.
Mas 110 dias antes, o comandante era outro: o polêmico João Saldanha — influente cronista esportivo de pouca experiência como técnico. Sua única atuação como treinador havia sido no Botafogo, ainda na década de 1950.
Saldanha era muito popular entre os torcedores brasileiros devido a suas crônicas esportivas. Ele foi convidado para assumir o comando da seleção brasileira em 1969, ainda durante o governo do general Artur da Costa e Silva (1899-1969), com a tarefa de fazer o torcedor esquecer do fracasso brasileiro na Copa de 1966.
E em pouco tempo formou um time considerado imbatível na época. As “feras do Saldanha” — como era conhecido o time que tinha Carlos Alberto Torres, Gérson, Jairzinho, Pelé e Tostão — venceram todas as seis partidas que disputaram nas Eliminatórias, se tornando uma sensação entre torcedores e imprensa, com seu futebol ofensivo e envolvente.
Na mesma medida que colecionava sucessos, Saldanha acumulava desavenças e polêmicas, por conta de sua personalidade explosiva. Ele foi apelidado de “João Sem Medo” pelo jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). Chegou a declarar que Pelé estava jogando mal por conta de uma miopia, levando alguns a especularem que ele cortaria o astro internacional da seleção brasileira. Em uma desavença com o técnico do Flamengo Dorival Knipel, conhecido como Yustrich, Saldanha invadiu a concentração da equipe carioca brandindo uma arma.
Mas sua posição mais polêmica era política: Saldanha era assumidamente comunista, quando o país vivia o auge da repressão do regime militar. Fora filiado ao Partido Comunista Brasileiro desde os anos 1940, tendo sido preso em algumas ocasiões por sua militância política.
Com alta popularidade, Saldanha falou abertamente sobre a prisão, tortura e morte de ativistas de oposição ao governo brasileiro, em uma entrevista que concedeu a jornais franceses durante sua visita ao México, no começo de 1970, quando foi participar do sorteio dos grupos e conhecer as instalações da Copa daquele ano.
Saldanha afirmou que no Brasil havia cerca de 3 mil presos políticos, 300 torturados e “não sei quantos mortos” pelo regime militar — e suas declarações foram publicadas no jornal Le Monde. Na época, a imprensa brasileira vivia sob intensa censura prévia, e esse assunto não era noticiado no Brasil.
Também no começo de 1970, o cronista esportivo Armando Nogueira, do Jornal do Brasil, noticiou que o presidente Médici — conhecido por frequentar os estádios e adorar futebol — era fã do atacante Dadá Maravilha, e que teria confidenciado a um militar do Exército que queria ver o atacante convocado como reserva.
Em 3 de março, perguntado por um jornalista gaúcho em Porto Alegre sobre a suposta preferência de Médici por Dada, Saldanha afirmou: “Eu e o presidente, ou o presidente e eu, temos muitas coisas em comum. Somos gaúchos. Somos gremistas. Gostamos de futebol. E nem eu escalo ministério e nem o presidente escala time. Você está vendo que nós nos entendemos muito bem”.
Duas semanas depois da declaração, no dia 17 de março, Saldanha foi demitido da Seleção brasileira e trocado por Zagallo. A saída do técnico aconteceu dois meses antes da estreia do Brasil no México. Saldanha comandou o Brasil por 17 partidas: venceu 14, empatou uma e perdeu duas.
Zagallo acabou convocando Dadá, que se sagrou campeão mundial no México como reserva, sem ter atuado em nenhuma partida. Ambos estiveram no Palácio do Planalto na volta do Mundial, onde foram recebidos, junto com toda a seleção brasileira, por Médici durante a festa da conquista do tricampeonato.
Médici demitiu Saldanha?
Jornalistas e biógrafos de Saldanha dizem que não há nenhum documento comprovando que Médici ordenou a demissão de Saldanha, a contratação de Zagallo ou a convocação de Dada Maravilha. O assunto ainda é controverso até hoje.
A imprensa censurada da época fazia poucas referências às crises envolvendo o técnico e o regime militar.
Ao noticiar a demissão de Saldanha, o Jornal do Brasil do dia 18 de março fala que o técnico foi demitido ao entrar em conflito com o diretor de futebol da Confederação Brasileira de Desportos (entidade antecessora à CBF), Antonio do Passo. A gota d’água teria sido a decisão de Saldanha de deixar Pelé na reserva em uma partida contra o Chile naquela semana.
Sem nenhuma menção ao presidente Médici — algo comum no tempo da censura — a demissão foi tratada pelos jornais apenas como o fim de um longo processo de desgaste entre dirigentes e o técnico. O temperamento explosivo de Saldanha foi apontado como um dos principais motivos de sua demissão.
“‘Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia nunca.’ Com esta frase escrita por João Saldanha num pedaço de papel a psicóloga Miriam Mendes, formada pela Universidade Federal da Alemanha, fez um estudo grafológico do comportamento do técnico”, dizia uma reportagem do Jornal do Brasil.
“A sua letra mostra instabilidade emotiva por oscilações entre impulsividade e domínio de si mesmo, o que lhe traz grandes conflito íntimos. Tem grande sensibilidade, impressionabilidade e suscetibilidade (o suscetível precipita a emoção).”
Em suas entrevistas antes de ser demitido, Saldanha fez algumas referências veladas à possibilidade de ser demitido não pela CBD — mas sim pelos militares.
“Entre eu e a comissão técnica está [tudo] muito bem. Nenhum problema entre nós. Agora visivelmente há algo de podre no reino da Dinamarca, né? Esse time é o que vai jogar, se for eu o treinador. Se for outro, vocês perguntem a ele”, disse Saldanha em uma entrevista a um repórter de televisão poucos dias antes de sua demissão, em meio à polêmica sobre a não escalação de Pelé.
‘Maior assassino da história do Brasil’
Passado o regime militar e a censura, Saldanha deu entrevistas culpando Médici por sua demissão.
“Eu considero o Médici o maior assassino da história do Brasil”, disse Saldanha ao programa Roda Viva, em 1987. “Então vocês vão ver que não há de ser algo muito airoso que eu possa falar [dele].”
“Eu nunca vi ele em pessoa, nunca estive com ele em pessoa. Até recusei em Porto Alegre um convite que fizeram para um jantar com ele. Nós estávamos lá por acaso e sem saber — é claro que talvez eu fosse até barrado — eu disse: ‘eu não vou’. Pô, o cara matou amigos meus. (…) Então eu vou compactuar com um ser desses? Eu tenho um nome a zelar — já tinha e tenho ainda.”
Ao programa, ele falou que foi contratado durante o governo do general Artur da Costa e Silva (1967-1969) através de um supervisor, o capitão José Bonetti, que agia como interlocutor da CBD com o governo.
“Quando o Costa e Silva era governo, eu fui chamado para a seleção. Do Bonetti, eu nunca tinha ouvido falar. Ele botou a mão no meu ombro e disse assim: ‘o general [Costa e Silva] conhece tudo de você’. Pudera, [Costa e Silva] veio do SNI (Serviço Nacional de Inteligência), não ia conhecer de mim? Eu nunca tive vida misteriosa, sempre tive vida aberta.”
“Eu explico para o telespectador que não sabe: eu fui preso nove ou dez vezes; aqui em São Paulo umas três vezes, no Rio um monte de vezes. Então não tinha nenhum mistério para ninguém. Fichado de frente, de perfil, esse troço todo. Mas [Bonetti me disse que] o general quer isso mesmo, ele quer uma aproximação popular.”
Por ser jornalista, Saldanha também teria sido contratado para agradar a crônica esportiva brasileira, que havia se tornado muito crítica da seleção após a má campanha na Copa de 1966.
Com a morte de Costa e Silva em 1969 e a chegada de Médici em 1970, Saldanha diz que a relação entre militares e o treinador se deteriorou.
“Em janeiro para fevereiro veio esse cara, o Médici. Mau, rancoroso, frio. Meu patrão disse ‘olha não tem pra ti mais’. Eu disse: ‘eu tô sabendo desde que o Costa e Silva [morreu]'”, disse o ex-técnico no Roda Viva de 1987.
“Aí veio [o Médici], e começou a pressão. O [presidente da CBD, João] Havelange dizia: ‘pelo amor de Deus chama o Dario, porque daí a gente fica bem com os caras’. E eu dizia: ‘ô Havelange, não adianta se abaixar, quanto mais se abaixar, mais eles vão malhar’. E pra cima de mim…”
“O negócio não era a seleção brasileira, era atender o homem. E o Havelange dizia ‘você quer me levar para a desgraça’ e eu dizia ‘ô Havelange, eu tô nisso há muitos anos e não vou mudar de ideia’. Aí não dava né? Me mandaram embora.”
Os envolvidos naquele episódio — entre eles Médici e Havelange — nunca se pronunciaram em detalhes sobre o ocorrido.
Militares e seleção
A seleção brasileira e a CBD sofreram forte ingerência do governo militar na preparação da Copa de 1970. O chefe da delegação brasileira era o brigadeiro Jerônimo Bastos.
O regime militar via na seleção uma oportunidade para elevar o espírito ufanista nacional e unificar o país com a Copa, que seria a primeira com transmissão ao vivo pela televisão.
Em especial, os militares tiveram um papel importante na preparação física dos jogadores — um dos fatores que havia sido apontado como motivo do fracasso do Brasil na Copa de 1966. Entre os preparadores físicos estavam os militares Cláudio Coutinho e Carlos Alberto Parreira — que posteriormente viraram técnicos das seleções brasileiras que jogaram as copas de 1978 (Coutinho), 1994 e 2006 (Parreira).
“Os militares brasileiros descobriram que a Copa do Mundo de 1970, que eles queriam se utilizar de alguma maneira [dela] para fazer propaganda do regime, era uma coisa séria demais para deixar na mão dos dirigentes de futebol do Brasil”, disse ao documentário Pelé, Argentina e os Ditadores, da BBC, o jornalista Juca Kfouri.
“Então o que fez o Exército brasileiro? Cuidou de pôr a seleção para fazer a sua preparação física na escola de educação física do Exército.”
Os jogadores e jornalistas da época lembram que os treinos exigiam alto esforço dos atletas, mas que o trabalho rendeu frutos, com o Brasil sendo uma das seleções de melhor forma física no mundial de 1970. A concentração e os trabalhos físicos em campos de treinamento do Exército duraram três meses — algo inédito na época.
“Para mim, de todas as Copas do Mundo que eu participei, sem dúvida a de 1970 era a que estava melhor preparada”, disse Pelé ao documentário da BBC.
O ex-jogador Paulo Cézar Caju lembra: “O brigadeiro Jeronimo Bastos era o chefe da delegação, e então ele dizia: ‘quem não quiser, quem não estiver satisfeito, a gente manda embora, tem vários [que querem]'”.
Saldanha acabou indo ao México — mas na condição de jornalista. Em suas crônicas escritas para a imprensa brasileira durante a Copa, fez elogios entusiasmados a seus ex-comandados.
“Antes de mais nada, quero dizer que que a vitória extraordinária do Brasil foi a vitória do futebol. Do futebol que o Brasil joga, sem copiar ninguém, fazendo da arte dos seus jogadores a sua força maior e impondo ao mundo futebolístico o seu padrão, que não precisa seguir esquemas dos outros, pois tem sua personalidade, a sua filosofia e jamais deverá sair dela. Foi uma vitória do futebol. O futebol que nós gostamos de ver e aplaudimos e que o mundo ontem teve de se curvar”, escreveu Saldanha após a final contra a Itália.
Os jogadores vencedores também defenderam o legado de Saldanha na seleção, creditando a ele parte do trabalho que levou à conquista da Copa. Pelé afirmou à BBC que Zagallo, ao assumir, deu continuidade ao trabalho que Saldanha havia iniciado.
Tite x Bolsonaro
As rusgas entre Saldanha e os militares voltaram à memória nos últimos dias, com declarações abertas do governo federal e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o técnico Tite.
O motivo da atual briga seria um suposto apoio de Tite a jogadores que não querem jogar a Copa América, que será realizada no Brasil, depois que Colômbia e Argentina deixaram de ser sede do torneio. A Colômbia foi descartada pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) devido a protestos populares que acontecem no país. A Argentina desistiu de sediar o torneio por causa do agravamento da pandemia de coronavírus.
Bolsonaro autorizou que o torneio fosse realizado no Brasil — sob críticas de diversos setores.
Na semana passada, a imprensa brasileira noticiou que muitos jogadores poderiam boicotar a Copa América. O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), escreveu uma carta aos jogadores pedindo que eles não jogassem o torneio, devido a temores de um agravamento da pandemia de covid-19 que já matou mais de 470 mil pessoas no Brasil.
O técnico Tite disse que os jogadores da seleção e a comissão técnica se pronunciarão sobre a Copa América nesta terça-feira (08/06), após o último compromisso do Brasil antes do torneio. Não está claro qual seria o motivo da insatisfação dos jogadores: o possível impacto da Copa América na pandemia, a falta de férias dos jogadores (que terminaram a temporada europeia e não tiveram descanso) ou alguma insatisfação com um novo escândalo envolvendo o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo.
A imprensa brasileira noticiou que os jogadores deverão confirmar nesta terça-feira — após o jogo contra o Paraguai em Assunção, pelas Eliminatórias — que vão jogar a Copa América.
Curiosamente, em campo, os jogadores da seleção tentam nesta terça-feira igualar um recorde que permanece sendo de João Saldanha e suas “feras”: de seis vitórias em seis partidas de Eliminatória.
A declaração de Tite — e sua relutância em confirmar a participação brasileira no torneio — foi vista por muitos como uma sinalização de que o treinador e os jogadores boicotariam a Copa América, desagradando Bolsonaro.
Tite passou a ser alvo de bolsonaristas nas redes.
“A gente não viu o Tite falando nada quando a Copa América seria realizada na Argentina. Bastou a CBF pedir para o presidente Bolsonaro a autorização para que ela acontecesse aqui no Brasil para que o Tite se posicionasse politicamente. É um hipócrita, porque a gente tem vários vídeos dele no passado onde ele faz referências e puxa um saco do ex-presidente Lula sem tamanho. Mas, falou de Bolsonaro, ele fecha a cara e faz de tudo para boicotar”, disse o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, em um vídeo publicado no domingo (06/06).
O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), disse na segunda-feira: “Eu sou do tempo que jogador de futebol, quando era convocado para seleção brasileira, era considerado uma honra. O técnico, ele não quer mais, não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não tá? Então leva lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão, neste momento, totalmente disfuncional”.
A discussão sobre a realização da Copa América no Brasil acontece em meio a outra crise — uma denúncia de assédio sexual por uma funcionária da CBF contra Rogério Caboclo. No domingo, a comissão de ética da CBF anunciou o afastamento do presidente da entidade por 30 dias.
O jornalista do canal pago SporTV, Andre Rizek, afirmou que, antes de seu afastamento, Caboclo havia prometido a Bolsonaro demitir Tite da seleção e contratar Renato Gaúcho, que é apoiador do presidente. A informação foi desmentida por Caboclo na segunda-feira. O jornal espanhol As também afirmou que Bolsonaro articulava para demitir Tite.
Bolsonaro negou essa versão em conversa com apoiadores seus na segunda-feira: “Minha participação na Copa América foi abrir o Brasil para que ela fosse realizada aqui. No que diz respeito a jogador e técnico, eu tô fora dessa e não tenho nada com isso aqui”.
Na segunda-feira, o presidente em exercício da CBF, Antônio Carlos Nunes (conhecido como Coronel Nunes), garantiu a permanência de Tite e descartou sua demissão.
“Ele é sério. Já sei como é. Não adianta, por uma questão de vaidade, colocar fulano. Não funciona assim”, disse o Coronel Nunes.
Tite, futebol e política
O técnico brasileiro já deu algumas declarações falando que futebol e política “não se misturam”.
Em 2018, na Copa da Rússia, Tite afirmou que não iria a Brasília para ser recebido pelo então presidente Michel Temer, “nem ganhando, nem perdendo a Copa”.
Nas redes, voltaram a circular vídeos em que o comandante brasileiro, na época em que treinava o Corinthians, aparece gravando um recado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, torcedor do clube. Tite também foi fotografado com Lula e o troféu da Libertadores de 2012, conquistada pelo treinador no Corinthians.
Anos depois de assumir a seleção brasileira, Tite disse que o encontro com Lula foi um erro.
“Em 2012 eu errei. Ele não era presidente, mas fui ao Instituto [Lula] e mandei felicitações por um aniversário. Não me posicionei politicamente”, disse Tite em 2018. “Errei lá atrás, não faria com o presidente antes da Copa e nem agora porque entendo que misturar esporte e política não é legal. Fiz errado lá atrás? Sim. Faria de novo? Não.”
Internautas também divulgaram um vídeo em que Tite, após receber a medalha pela conquista da Copa América de 2019, parece não querer conversar com Bolsonaro na cerimônia de premiação.