“Temer e o governo não têm poderes, mesmo que tenham vontade, de “estancar a sangria”, segurar a Lava Jato, amenizar as delações, apagar os rastros e voltar o tempo atrás para impedir a cultura do caixa 2 de campanha. E concluem que sua proteção contra o tsunami será aprovar a reforma da Previdência e a flexibilização trabalhista o mais rápido possível, com o maior número de votos possível e o menor recuo possível no pacote original”, afirma.
“A aposta é que a economia continuará numa toada favorável e que as reformas darão fôlego ao governo para atravessar a terra arrasada e chegar a 2018 inteiro. Bem, inteiro em termos, porque ministros e políticos ainda estão protegidos pelo foro privilegiado, mas mesmo assim todo o seu núcleo original caiu. Jucá, Geddel e Henrique Alves (que não tem ideia de quem depositou US$ 833 mil nas suas contas), por suspeitas e denúncias. Serra, por alegados problemas de coluna. Padilha, recém-operado da próstata, está cai-não-cai”, diz Eliane.
Para a colunista do Estado de S. Paulo, Temer precisa tomar três providências urgentes: “parar de acreditar que a economia fará milagres políticos; evitar que a mídia escorra pelos seus dedos; cercar-se de reais notáveis em quem possa confiar. O isolamento é uma péssima companhia. Principalmente com um tsunami assustador, ou demolidor.”