Em áudio de uma reunião com o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL), no qual se discute o caso da “rachadinha” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente Jair Bolsonaro diz que ouviu do então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma proposta para resolver a investigação envolvendo o senador.
Segundo Bolsonaro, Witzel prometeu encerrar o problema em troca de uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-governador nega.
“O ano passado, no meio do ano, encontrei com o Witzel (…). Ele falou: ‘Eu resolvo o caso do Flávio. Me dá uma vaga no Supremo’”, disse Bolsonaro durante a conversa na qual estavam presentes também as então advogadas do parlamentar.
Uma delas, Juliana Bierrenbach, perguntou quem havia dito isso, ao que o ex-presidente respondeu: “O Witzel, né”.
A apuração contra o senador ocorria no âmbito estadual, porque envolvia a atuação de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Em nota, o ex-governador afirmou que nunca manteve qualquer relação com o juiz Flávio Itabaiana, então responsável pelo processo contra Flávio.
“Jamais ofereci qualquer tipo de ‘auxílio’ a qualquer um durante meu governo. O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e Policia Federal. No meu governo a Polícia Civil e Militar sempre tiveram total independência”, ressaltou. Com informações da Agência O Globo.