Em conversa com eleitor, prefeito de Casa Nova mostra a sujeira de seu governo
Da Redação
Como se não bastassem as inúmeras denúncias estampadas na grande imprensa sobre os descasos no município de Casa Nova/BA, administrado pelo prefeito Orlando Xavier (PR), surge uma ainda mais grave. No áudio, gravado dentro da prefeitura, um determinado eleitor casanovense pede ajuda ao prefeito e em contrapartida, o gestor diz que não pode, pois já tem grande despesa, dentre elas, ajuda financeira no valor de R$ 4 mil a cada vereador, além de máquinas e pipas espalhados pelo município. No relato, o prefeito envolve a ex-prefeita Dagmar Nogueira na sujeira.
“Tenho ajudado muita gente em Casa Nova. É muita gente ganhando sem trabalhar. O que eu gasto de combustível está fora do gibi, eu não posso te ajudar. Eu dou pipa a vereador tem um pipa e uma máquina trabalhando em tudo que é de lugar. Só a Dagmar (ex-prefeita) estou devendo 600 horas”, revela.
Demonstrando segurança em suas declarações, o prefeito Orlando vai mais além. “Eu dou R$ 4 mil a cada vereador todos os meses para eles comprarem o que quiserem; aí vem o óculos, ajuda pra não sei quem, meu filho eu não agüento isso pra cima de mim”.
Em outro momento, Orlando não respeitou a ausência da ‘amiga e companheira de todas as horas’ e ex-prefeita, Dagmar Nogueira. Usando termos chucros, o prefeito não teve consideração. “Eu confiei muito em Dagmar. Eu achei que ela não fosse fazer sacanagem, mas está fazendo. Eu não vou entrar no jogo dela; eu não abro da reeleição porque ela não quis disputar(…) vou disputar nem que seja para perder. Agora eu não sei como é que Dagmar troca de um prefeito por uma ex-vereadora como a ‘Cida, é uma falta de respeito muito grande (….) eu jamais faria o que a Dagmar fez comigo, porque mesmo assim eu relevo o que ela fez”.
Ele vai mais além quando cita ainda um evento de formatura na localidade de Lagoa do Alegre, zona rural do município. “Eu a levei, coloquei lá em cima dizendo se não fosse por ela aquele colégio não estava ali e tal… – agora porque eu fiz isso, para ela não pensar que sou igual a ela, embora ela pensa que eu sou pior do que ela. Lá ela falou comigo de olho fechado – uma pessoa que fala de olho fechado e de cabeça baixa não tem boas intenções – depois ela negou o convite para ir para a minha mesa (…) ela mandou um litro de wisk e eu não aceitei. Depois eu fui até lá me despedir porque tinha que viajar para Salvador no outro dia”, concluiu.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da administração municipal e até o fechamento desta matéria não houve resposta.