Em depoimento oficial, ex-colaborador de FBC nega ter recebido recursos de caixa 2

A revista Época publicou na sexta-feira (9) uma matéria sobre um inquérito do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Segundo a revista, o senador foi citado, por delegado da Polícia Federal (PF), como beneficiário de um suposto esquema de “dinheiro espúrio”.

O esquema, segundo a PF, envolveria um servidor da Alepe. A revista nacional não revelou, contudo, o nome do servidor da Alepe.

De acordo com fontes locais, a pessoa mencionada pela Época é o analista legislativo Iran Padilha Modesto, que foi assessor do senador e hoje está aposentado como efetivo da Alepe.

Iran Padilha Modesto, mencionado pela PF como tendo supostamente recebido recursos da Odebrecht para ajudar em campanhas de FBC, tem relação de parentesco direta com o senador FBC e sua família.

Nos bastidores políticos, informa-se que Iran vem a ser tio de Laura, esposa do atual ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, filho do senador.

Ele foi secretário-executivo de Planejamento do Governo Eduardo Campos. Em depoimento, o ex-secretário disse ter sido indicado pelo então secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra (MDB), atual senador.

Servidor efetivo da Alepe já aposentado, Iran também disse que foi coordenador financeiro em campanhas do atual ministro de Minas e Energia, Fernando Filho.

Perguntado pela Polícia Federal em depoimento oficial, Iran negou ter recebido 200 mil reais em caixa dois para a campanha de 2010, que, segundo o pedido de investigação, seriam supostamente destinados ao senador Fernando Bezerra.

No depoimento, o ex-servidor da Alepe disse que é “sócio de empresas do ramo de comercialização de veículos automotores”.

Esta relação de Iran com estas empresas foi abortada em matéria da Revista Época, em março em 9 de março deste ano, nos termos abaixo:

“O delegado federal Antônio José Silva Carvalho, encarregado de inquérito que apura o pagamento de propina ao senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirma que há indícios de que concessionárias de veículos foram “utilizadas para camuflar o dinheiro espúrio recebido” pelo parlamentar. Segundo a PF, as empresas pertencem a um servidor da Assembleia Legislativa de Pernambuco ligado ao parlamentar.

A manifestação do delegado foi enviada ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de prorrogação do inquérito aberto para investigar as suspeitas de que Bezerra Coelho tenha recebido da Odebrecht dinheiro desviado de obras do Canal do Sertão, em Alagoas. O senador foi ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff. Mello concedeu mais 60 dias para a polícia.”

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