Em Pernambuco, há descaso até após a morte

Corpos estão sendo recolhidos pelo IML sem sacos de proteção, denunciam funcionários. Foto: JC Imagem/Arquivo
Corpos estão sendo recolhidos pelo IML sem sacos de proteção, denunciam funcionários. 

É desrespeito. É descaso. É quase abandono. Um Estado que até dois anos atrás fazia estardalhaço para anunciar a redução de homicídios agora se vê diante de uma das situações mais críticas quanto à segurança pública. Falta o básico. Vítimas de homicídios, suicídios e até mortes súbitas estão sendo recolhidas pelo Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife como verdadeiros animais. Aliás, nem bicho merece esse tratamento. As sacolas apropriadas para a preservação mínima do cadáver estão em falta. Os corpos são simplesmente “jogados” dentro da viatura do IML sem qualquer proteção. No máximo, algum lençol cedido por alguém que passa pela rua.

E o descaso não é apenas para que já perdeu a vida de forma trágica. Funcionários do IML denunciam que estão sem luvas de proteção. Arriscam a própria saúde para garantir os seus empregos e para não deixar corpos abandonados pelas ruas. Os funcionários estão usando luvas emprestadas de colegas do Hospital da Restauração. Lamentável.

O blog faz um apelo à Secretaria de Defesa Social para que o problema seja solucionado o quanto antes.

Em tempo: números atualizados comprovam o que o blog já havia antecipado: outubro foi o mês com mais assassinatos da história do Pacto pela Vida. No total, 451 homicídios em Pernambuco. Desde janeiro de 2007 não havia um resultado tão violento.

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