Em pleno Dia Internacional da Mulher, Prefeito de Curaçá é acusado de assédio moral contra servidora municipal

Da Redação do AP

A representante da APLB-Sindicato, Núcleo de Curaçá, professora Luzia da Silva França e a coordenadora pedagógica Maria Sileide Dias Pereira mantiveram contato com a reportagem do AP quando denunciaram suposto assédio moral praticado pelo prefeito, Pedro Oliveira (PSC). Sileide que é esposa do vereador Laerte Tanuri afirmou que jamais iria interferir nas ações políticas do marido.

Diretora da APLB-Sindicato, Luzia França

A sindicalista Luzia França se mostrou indignada. “Nós do sindicato estamos denunciando o assédio moral praticado contra a professora efetiva da rede municipal Maria Sileide, pois a mesma se encontrava atuando   como coordenadora pedagógica escolar. Ela foi ameaçada pelo prefeito para que interferisse nas decisões políticas do vereador [esposo] para que o mesmo aprovasse projetos de autoria do executivo (…) Ela foi ameaçada em virtude do posicionamento político contrário do vereador para que ela interferisse nas decisões dele, com isso iremos tomar posições jurídicas”.

Ela afirmou que este não foi o primeiro caso. “Também já aconteceu com uma outra servidora que estava assumindo o cargo de diretora e que foi exonerada no mês de dezembro. Ela era também ligada a um vereador que tem posição contrário a do gestor”.

 

A professora Luzia afirmou ainda que a coordenadora recebia chantagens do prefeito Pedro Oliveira via whatsapp. “A última mensagem que a Professora Sileide recebeu do prefeito foi no mês de dezembro para que a mesma interferisse na decisão do vereador Laerte para aprovação da Lei Orçamentária (…) A professora foi assediada no final do ano de 2018 mas de fato só se efetivou agora no mês de fevereiro com sua exoneração (…) Não foi apenas uma vez que o prefeito fez este contato com ela através do whatsapp (…) Classifico o ato como assédio moral porque ela foi forçada a interferir nas decisões do vereador Laerte Tanuri  do Nascimento”, denunciou a sindicalista Luzia da França.

Maria Sileide Dias Pereira

Por sua vez, a coordenadora pedagógica Maria Sileide Dias Pereira se diz ofendida com a postura do gestor. “Eu me sinto ofendida com esta situação. Sou uma profissional concursada desde 2008 e tinha 5 anos no cargo de coordenadora. Assim que o prefeito assumiu, já estava no cargo e terminei ficando, mas com o passar do tempo terminei descobrindo  que ele estava me usando  para que meu esposo aprovasse os projetos dele na Câmara”, informou.

Ela afirmou que as chantagens começaram a partir do momento para que a mesma se interferisse nas decisões do esposo vereador. “De um certo tempo para cá começou a enviar mensagens pedindo para que eu interferisse nas ações de meu esposo para que o mesmo aprovasse os projetos na Câmara (…) Com isso o prefeito me exonerou do cargo, não estou me queixando por conta da exoneração mas  por conta da forma   que eu fui exonerada, o meu nome serviu de chacota nas redes sociais nos grupos de rua (…) Recebi a carta de exoneração no dia 15 de fevereiro. Vou abrir processo contra a administração municipal”.

Com a palavra a administração municipal.

 

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