No fim do ano passado, Emerson Sheik não poupou críticas ao Flamengo. Entre outras coisas, disse que não via o time em condições de ser campeão. Quase três meses depois, sua opinião mudou da água para o vinho. É verdade que a diretoria fez grande esforço e, além do investimento em jogadores e melhorias no Centro de Treinamento, contou com a volta da boa fase de jogadores essenciais como Guerrero e Cirino. Para Sheik, isso dá resultado.

“Isso (a entrevista) foi uma polêmica muito grande… Sou desse tipo, falo mesmo. Falei que, ano passado, não tinha time, aquele time. Agora é diferente. Foi feito um investimento muito grande no Centro de Treinamento, tivemos a manutenção do elenco, novas contratações e os atletas que vieram têm ajudado muito”, frisou Emerson, que marcou duas vezes contra o Resende. Ele foi além:

“Este ano, sim, com novo centro de treinamento e toda a estrutura que o Flamengo fez para os atletas, para o grupo, temos time forte, que pode crescer. Estamos no início de competição, mas este ano vejo o Flamengo forte para brigar por títulos.”

Aos 37 anos, Emerson vê o Carioca como mera preparação para o Campeonato Brasileiro, embora deixe, nas entrelinhas, que não curte muito a maneira como a competição estadual é disputada, posição muito semelhante a da diretoria, nos bastidores.

“Embora o Carioca seja uma competição que sempre tem um pontinho de interrogação, principalmente por conta de tantos jogos, serve de preparação para o Brasileiro e para o Muricy poder ver todas as peças que tem no elenco. Mas se eu continuar a falar do Carioca vai ter um monte de besteira no jornal”, disse Sheik.

Ele ainda elogiou o meio-campo e o ataque do Flamengo. “O gol acaba sendo a cereja do bolo, mas não só o ataque. O meio de campo e defesa estão beneficiando todo mundo”, concluiu.

Médico está otimista com Mancuello

O chefe do departamento médico do Flamengo, Marcio Tannure, está otimista com a volta de Mancuello. Embora o jogador já tenha tido uma lesão no joelho, ele acredita que a recuperação será boa.

“Obviamente que todo histórico é levado em conta, apesar de uma lesão não ter nada a ver com a outra. Não é grave, mas requer certo tempo para poder tratá-la. Vamos aproveitar o tempo para poder corrigir outras alterações que foram detectadas nos exames”, afirmou Tannure. (O Dia)